domingo, 31 de janeiro de 2010

Satélites que orbitam a terra

ZeroHouse, uma casa ecológica transportável

A empresa de arquitetura Specht Harpman criou uma casa “verde” que já vem pré fabricada e pode ser instalada em praticamente qualquer superfície.

Graças à sua fundação em espiral, que dispensa escavações, a zeroHouse pode ser colocadas sobre até três metros de água e em terrenos com morros com até 35º de inclinação.

Se o proprietário quiser se mudar, a casa desmontável vai junto.

Como a maioria dos projetos que elaboram moradias para um futuro sustentável, a zeroHouse possui uma metragem bem pequena – e um grande aproveitamento de cada canto disponível.

Cozinha, sala de jantar, sala de estar, dois quartos, banheiro e varandas cabem em apenas 60 metros quadrados.

A energia provém de painéis solares que armazenam bateria suficiente para uma semana, e as janelas têm vidros especiais que não só controlam a temperatura como aumentam a insolação. A casa coleta água da chuva e a filtra em quatro cisternas de mais de dois mil litros cada. Lixo orgânico e esgoto são coletados em uma unidade de compostagem e usados para alimentar o jardim uma vez ao ano.

Os aparelhos eletrônicos, materiais de construção e tecidos utilizados são escolhidos por sua durabilidade, e toda a casa é automatizada e programável para minimizar o uso de energia. Além disso, ela é toda controlada pelo seu PC.

Quem se interessar, e tiver US$350 mil para investir em uma casa, pode consultar a empresa pelo site. ( do eco4planet ).

sábado, 30 de janeiro de 2010

Site brasileiro do iPad está no ar

Depois de dois dias, a Apple Brasil finalmente deu algum sinal de que de fato o tão falado iPad irá desembarcar por essas terras. Uma página em português dedicada ao gadget entrou no ar no site brasileiro da empresa da maçã, mas por hora com poucas novidades: todos os textos são uma tradução dos originais em inglês e o preço informado é o norte-americano, em dólares. Para quem quiser ver o site, é só acessar apple.com/br/ipad. (do tecnoblog).

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Dicas semanais de site

Evernote: seu bloco de notas em qualquer lugar. Com o Evernote você pode fazer anotações em dispositivos móveis como ipod touch, iphone, blackberry android ou no próprio pc e browser. Depois de feitas as anotações, que podem ser textos, documentos, fotos ou links da web, o Evernote sincroniza fácilmente o conteúdo entre os diversos dispositivos.

Segredos.org: compartilhe e leia segredos de maneira anônima no Segredos.org. A exemplo do formspring, que já foi indicado por aqui, o anonimato dessas ferramentas aumenta a curiosidade e vontade de utilizar por parte dos usuários.

Twitter Alerts: receba notificações via email, mensageiros instantâneos(MSN, Gtalk, etc) e SMS quando forem enviadas direct messages e replies no seu twitter.

Glyphish: voltado para os desenvolvedores, o Glyphish disponibiliza uma série de ícones para auxiliar o desenvolvimento de aplicativos para o iPhone.

InventeAqui: portal brasileiro de invenções, no qual os usuários podem colaborar enviando suas próprias invenções e colaborar com as invenções existentes fazendo comentários. (do inovação e negócios na internet).

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

NASA mostra falha que causou tremor no Haiti


Dados coletados do espaço mostram a provável responsável pelo terremoto que atingiu o Haiti.

No dia 12 de janeiro, tremores de 7 graus devastaram a capital, Porto Príncipe. As autoridades no local estimam que o número de mortos pode chegar a 200 mil – e a cidade encontra-se em estado de caos, com falta de água, comida, medicamentos e aumento da violência.

A responsável por esses acontecimentos é, muito provavelmente, a falha Enriquillo – uma diagonal bem no centro da imagem. A capital Porto Príncipe está imediatamente à esquerda (norte) da falha, entre a montanha e o mar.

A Enriquillo geralmente se move horizontalmente à esquerda, mas movimentos verticais podem ocorrem quando irregularidades causam compressões inesperadas.

Esta imagem em 3D foi feita pré-terremoto. As cores mostram a variação de altitude, com verde escuro representando locais baixos e branco os altos.

As imagens foram produzidas durante a missão Shuttle Radar Topography (SRTM), a bordo da nave Endeavour, em 2000. Os equipamentos da nave coletaram dados topográficos que permitiram a construção do mapa 3-D. (do infoabril).

Google Goggles: busca através de imagens

Google Goggles é um aplicativo desenvolvido pelo Google para dispositivos móveis da família Android. Com esse aplicativo é possível fazer buscas com a imagem retirada com a câmera do smartphone. No exemplo do vídeo abaixo, uma foto de uma embalagem de um Toblerone é feita e enviada para o aplicativo, que processa a imagem e identifica a marca Toblerone e faz pesquisas no Google por essa palavra chave:

Esse aplicativo irá trazer mais poder de busca para os usuários, que poderão ter acesso a informações de objetos que estejam ao seu redor no mesmo instante desde que possuam um smartphone e acesso a Internet. Poderão ser feitas compras de produtos, comparação de preços dentre outras aplicações. Portanto, as empresas precisam cada vez mais oferecer para os usuários informações e serviços relevantes na Internet para que os clientes possuam mais canais de acesso ao seu produto. A medida que aumenta a capacidade de conexão e disponibilidade de acesso a Internet, disponibilizar conteúdo na web de maneira correta torna-se o ponto chave dos negócios daqui pra frente. ( do inovação e negócios na internet ).

Apple anuncia iPad


O iPad é um tablet com tela sensível ao toque de 9,7 polegadas, 1,27 cm de espessura e pesando pouco menos de 700 gramas. Ele roda a versão 4.0 do iPhone OS, usado tanto nos celulares da Apple quanto nos iPods Touch.

Dentro do aparelho está um processador de 1 GHz desenvolvido pela própria Apple chamado A4, além de suporte a redes WiFi no padrão 802.11n, conectividade Bluetooth 2.1 EDR, bússula, microfone e alto-falante embutidos e uma bateria com duração de até 10 horas para vídeo e até 1 mês em standby.

O iPad será vendido nas capacidades de 16, 32 e 64 GB.

O iPad também terá versões com conectividade 3G através de chips micro SIMs, diferentes daqueles usados em celulares GSM. A boa notícia é que essas versões serão vendidas desbloqueadas e sem contrato. Ao menos nos Estados Unidos.

“A Amazon fez um ótimo trabalho como pioneira dessa funcionalidade com o Kindle, então nós vamos nos apoiar em seus ombros,” disse Steve Jobs, CEO da Apple, durante o evento de lançamento do produto.( do tecnoblog)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Como a França moldou o Brasil (*)

Este é o Ano da França no Brasil. De 21 de abril até novembro, brasileiros de 15 cidades poderão ver o que os franceses têm de melhor. A lista inclui exposições de arte, concertos musicais, espetáculos de dança, teatro e cinema, debates e celebrações. É parte de um projeto ambicioso de intercâmbio, que começou em 2005, comemorado como o Ano do Brasil na França, com o objetivo de mostrar as novidades da cultura dos dois países.

Essa história é bem mais antiga do que se imagina. Envolve uma relação de confronto e sedução de parte a parte, que acabaria por moldar de forma decisiva a identidade brasileira. Nos bistrôs e cafés parisienses, a música brasileira é onipresente. Os franceses adoram o samba, o carnaval, a literatura e o cinema brasileiros. O escritor Paulo Coelho é mais celebridade nas ruas de Paris que no Rio de Janeiro. Mas a França já era obcecada pelo Brasil antes mesmo da chegada de Pedro Álvares Cabral à Bahia. A recíproca se provaria verdadeira ao longo dos cinco séculos seguintes. Atualmente, os brasileiros fazem negócios com os Estados Unidos, mas cultuam a gastronomia, a moda, a arte e os prazeres da vida franceses.

No período colonial, o Brasil deixou de ser francês por pouco. Foram os franceses que precipitaram a decisão do rei dom João III (1502-1557) de criar, em 1534, o sistema de capitanias hereditárias, o primeiro esforço de povoamento do Brasil. Nas primeiras décadas do século 16, franceses exploravam pau-brasil no litoral do Nordeste como se fossem donos do território. Há evidências de que já conheciam a costa brasileira bem antes de 1500. Um deles, Jean de Cousin, teria tentado se estabelecer na Amazônia em 1488.

A guerra entre França e Portugal pela posse do Brasil durou mais de dois séculos. O primeiro confronto de que se tem notícia aconteceu em novembro de 1529, quando a nau La Pellérine invadiu a feitoria do rio Igaraçu, em Pernambuco, onde os portugueses tinham uma pequena fortaleza. Os franceses foram expulsos em 1532 pelo comandante Pero Lopes de Sousa (1497-1539). Meio século mais tarde, em 1550, Nicolas Durand de Villegaignon (1510-1571) ocupou o Rio de Janeiro por 12 anos, até ser derrotado por Mem de Sá (1500-1572). Em 1612, outra tentativa de ocupação, dessa vez no Maranhão, reconquistado após dois anos por Jerônimo de Albuquerque (1510-1584). No começo do século 18, haveria ainda mais duas investidas de corsários franceses contra o Rio. A última ocorreu em 12 de setembro de 1711. Ao amanhecer, encobertas pelo denso nevoeiro, 18 embarcações comandadas por René Duguay-Trouin (1673-1736) tomaram a cidade. Trouin foi embora em troca de um grande resgate pelos bens que havia saqueado.

Marcas culturais

Cessada a luta pela ocupação territorial, a influência francesa no Brasil se daria no campo das artes, dos costumes e das ideias. As consequências seriam profundas e duradouras. Seu marco foi a transferência da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte (1769-1821). Ao chegar ao Brasil, dom João VI (1767-1826) iniciou um acelerado período de transformações. O esforço não foi apenas administrativo. Enquanto mandava abrir estradas, construir fábricas e organizar a estrutura de governo, dom João também se dedicava ao que o historiador Jurandir Malerba chamou de "empreendimentos civilizatórios". Nesse caso, a meta era promover as artes e a cultura e tentar infundir algum traço de refinamento e bom gosto nos hábitos atrasados da colônia.

A maior dessas iniciativas foi a contratação, em Paris, da famosa Missão Artística Francesa. Chefiada por Joaquim Lebreton (1760-1819), secretário perpétuo da seção de belas-artes do Instituto de França, a missão chegou ao Brasil em 1816 e era composta por alguns dos mais renomados artistas da época, incluindo o pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848), Auguste Taunay, escultor (1791-1687), e Grandjean de Montigny (1776-1850), arquiteto.

Oficialmente, o objetivo da missão francesa era a criação de uma academia de artes e ciências. O plano nunca saiu do papel, mas alguns historiadores consideram a chegada da missão o início efetivo das artes no Brasil. Na época da corte, a influência francesa era marcante no Rio de Janeiro. As lojas estavam repletas de novidades que chegavam de Paris. Incluíam vestidos e chapéus da última moda, perfumes, água-de-colônia, luvas, espelhos, relógios, tabaco, livros e uma infinidade de mercadorias até então proibidas e ignoradas na antiga colônia.

Mas foi no campo das ideias que os franceses mais ajudaram a transformar o Brasil. Elas estavam por trás da Inconfidência Mineira, da Revolta dos Alfaiates na Bahia, da Revolução Pernambucana de 1817, da Confederação do Equador, em 1824, e de inúmeros outros movimentos de rebelião. Nos Autos de Devassa da Inconfidência foi encontrada uma coleção dos enciclopedistas francesas na casa de um dos conspiradores. Isso num tempo em que a circulação dessas obras era reprimida. O movimento da Independência, em 1822, foi tramado, em boa parte, dentro das Lojas Maçônicas, que tinham seu berço na França.

Em resumo: às vésperas de sua independência, o Brasil dormia com o autoritário e conservador Portugal, mas sonhava mesmo era com a charmosa e libertária França.

* Artigo escrito em 2009, por Laurentino Gomes, para a revista Aventuras na História.

Vida em códigos de barras


Mapeando porções de DNA (sigla em inglês para ácido dexorribonucleico), material genético transmitido a cada geração entre os seres vivos e que se altera durante processos evolutivos, pesquisadores de todo o mundo estão protagonizando uma revolução silenciosa. Cada animal ou planta sequenciada pode ser identificado por um “código de barras”. Feito isso, a informação pode correr o mundo e ser usada em pesquisas comparativas com outras espécies, identificando parentes ou enriquecendo a lista da vida no planeta.

A tecnologia deslanchou no início dos anos 2000, quando o pesquisador canadense Paul Hebert, da Universidade de Guelph (Ontário), percebeu que pequenas diferenças genéticas entre espécies poderiam ser usadas para catalogar animais e plantas, bem como apontar suas características evolutivas. Naquele centro de ensino e pesquisa foi montado um pólo sobre o chamado DNA em códigos de barras. Ali, o trabalho já levou ao sequenciamento de 95% dos peixes de água doce do país e 98% dos peixes ornamentais comercializados para aquaristas.

E as aplicações do método não se esgotam. Com ele é possível identificar quais plantas fazem parte da dieta de determinado inseto analisando o material genético em seu estômago, apontar semelhanças entre árvores de diferentes pontos do planeta, mostrar que plantas de mesmo nome são formas distintas de vida, revelar variações genéticas em populações da mesma espécie, identificar a origem de animais e plantas traficados, desvendar segredos em plantas medicinais e até mostrar se há apenas atum nas latas vendidas em supermercados e outros estabelecimentos.

No Brasil há grupos debruçados no sequenciamento genético de anfíbios, aves, mamíferos e peixes. Um deles está na Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde durante o mapeamento de 500 peixes foram descobertas quinze novas espécies e revelado que duas tratavam-se do mesmo animal. “Se aqui no estado de São Paulo identificamos quinze novos peixes, imagine o que há na Amazônia e outras regiões do país. Fala-se muito em preservar, mas pouco conhecemos da nossa biodiversidade”, ressaltou o pesquisador Cláudio Oliveira, do Instituto de Biociências da Unesp.

Sul e Sudeste concentram os peixes catalogados com DNA em código de barras no país. Na América Latina, foram mapeadas pouco mais de novecentas espécies, mas a estimativa é de oito mil peixes diferentes para a região.

Ao mesmo tempo, próximas e distantes
 
O DNA codificado em barras também mostrou que algumas aves vivem tanto na Mata Atlântica brasileira quanto na área de Yungas, entre a Bolívia e a Argentina, regiões a milhares de quilômetros entre si e que podiam estar ligadas no passado por uma vegetação contínua. Também foi verificado que grande parte das espécies que vivem no sul do Brasil e Uruguai também ocorrem na Argentina.

Para o professor no Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionista da Universidade de Michigan (Estados Unidos), Christopher William Dick, a técnica pode revelar uma grande quantidade de espécies que evoluíram de forma diferente, mesmo em locais bem próximos.

“Depois de estudos acurados, espécies não identificadas podem se tornar novas para a ciência. Creio que muitas centenas de novas espécies serão encontradas nas florestas da Amazônia com essa tecnologia. E quando tivermos a capacidade de identificar espécies ou populações geograficamente distintas, será mais fácil controlar o tráfico de animais, plantas e produtos derivados, bem como apontar madeira de origem legal e de desmates clandestinos”, disse o pesquisador, que passou cinco anos no Amazonas durante seu doutorado.

Limitações

Apesar de revolucionário, o mapeamento genético em códigos de barras não elimina o trabalho de campo ou a taxonomia. Logo, seguem a coleta de espécimes e as horas de laboratório. “Ele complementa os métodos tradicionais para identificação de espécies. Algumas, por exemplo, só apresentam certas características no período reprodutivo e, com o mapeamento genético, aprimoramos sua identificação”, explicou Cláudio Oliveira, da Unesp.

De acordo com Christopher Dick, quanto mais diferente for a história evolutiva das espécies, mais fácil se torna a sua distinção com sequenciamento em código de barras. O que não ocorre, por exemplo, com a família das árvores do gênero ingá, com cerca de 300 espécies nas matas tropicais da América do Sul. “Elas evoluíram há pouco tempo e não desenvolveram grandes diferenças de DNA entre si”, comentou.

A técnica também não anda sozinha, depende de uma boa base de dados para que cada mapeamento genético possa ser comparado com o que já foi descoberto em outros pontos do planeta. “A técnica só é útil junto com uma biblioteca de referência, ligando as sequencias de DNA a nomes de espécies. Ainda não há uma extensa biblioteca central à disposição”, comentou Dick.

Já existe uma base global com informações sobre peixes, com mais de 7,2 mil espécies mapeadas, e outra sobre aves, com quase três mil animais sequenciados, além de centros nacionais, como os montados no Canadá e na Austrália. Uma biblioteca global deve ser lançada até junho (confira os atalhos abaixo).

Além disso, conta Oliveira, da Unesp, será preciso recoletar a maior quantidade possível de espécies em todo o planeta, pois o material estocado em museus e coleções nem sempre guarda as informações genéticas necessárias para o sequenciamento. Só de plantas, estima-se um total de 270 milhões de espécimes estocados em 147 países. “É uma tecnologia muito importante que depende da capacidade de cada país sequenciar DNA. No Brasil, temos poucos laboratórios capazes de realizar esse trabalho e ampliar nossos conhecimentos sobre a biodiversidade”, avaliou. (do site oeco).

Atalhos para conhecer mais:

Canadian Centre for DNA Barcoding
Fish Barcode of Life Initiative (Fish-BOL)
All Birds Barcoding Initiative
International Barcode of Life (iBOL)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Finalzinho de tarde em Piedade


Steve Jobs, forever

A Apple agendou um evento especial para esta quarta-feira (27/01). A expectativa geral é de que nele seja apresentado o primeiro computador tablet da companhia. A Apple nunca reconheceu a existência de tal projeto, mas os rumores e especulações da indústria crescem há meses. Analistas do mercado de tecnologia afirmam que o tablet tentaria criar uma ponte entre os smartphones e os laptops, permitindo ao usuário acessar a internet, assistir a vídeos e se divertir com jogos. Com mais um novo gadget para os aficcionados por tecnologia, pouco se lembram que um “dinossauro” da Apple, completa 26 anos na próxima semana. ( da veja digital).

In case of heart attack

O colapso ambiental e a miséria do Haiti estão interligados?

O Haiti é um reflexo de “quase” todas as mazelas humanas. Ainda quando era Hispaniola e não tinha fronteiras políticas com a República Dominicana a sua população indígena foi dizimada de 500 para 11 mil índios. E depois, retomada pelas vias tortas da escravidão de africanos. Em menos de trezentos anos o país foi explorado como colônia européia, sofreu na mão de ditadores sanguinários, foi ocupado por tropas americanas e sacudido por catástrofes naturais, como o terremoto que destruiu o país na terça-feira (12). Mas existe uma explicação para grande parte dos problemas sociais do país que é pouca debatida: a destruição ambiental. É nesse ponto que a história do Haiti, separa-se da de seu vizinho, a República Dominicana.

O Haiti é o país do Caribe que mais devastou sua floresta, e não por coincidência é o mais pobre das Américas. A cana-de-açúcar plantada pelos colonizadores franceses foi o primeiro elemento de destruição No século XVIII, o açúcar produzido lá, era responsável por mais da metade da riqueza da corte francesa. Com a revolução promovida pelos escravos, o Haiti conquistou a liberdade, mas o preço foi alto. Cerca de 20 bilhões de dólares, grande parte destes pagos com mais devastação. Em 1950, restavam apenas 40% das árvores do país.

A República Dominicana parecia seguir o mesmo caminho. Até que, as árvores foram poupadas por um fator inesperado: o ditador o Rafael Trugillo, que decidiu restringir a exploração madeireira na ilha. A salvação das florestas foi firmada pelo sucessor de Trugillo, Joaquim Balaguer, um homem que amava as árvores mais do que as pessoas. Ele criou reservas florestais e promoveu uma guinada ambiental na República Dominicana. Uma ação que fez do país um modelos de exploração sustentável de madeira.

Enquanto isso, no Haiti…

Uma ditadura tão cruel quanto a de Balaguer tomou uma decisão diferente. François Duvallier, o “Papa-Doc”, além de aterrorizar a população com sua polícia formada por torturadores e seqüestradores, decidiu em um surto de paranóia cortar todas as florestas do país. A ideia era impedir que rebeldes oposicionistas usassem as matas como esconderijo. Duvallier também permitiu que os latifundiários que o apoiavam derrubassem as matas de forma desordenada para o plantio de mais cana. O saldo foi a devastação de 95% das florestas naturais do Haiti. Hoje, restam apenas 3% de áreas verdes no país, grande parte destas são matas exóticas, como as florestas de pinheiros. A falta de árvores esgotou os solos, atrapalhou a agricultura de subsistência e sufocou os rios do Haiti. Cerca de 80% dos mananciais estão comprometidos pelo assoreamento.

Sem florestas, sem terras férteis e sem água, os hatianos acabaram encurralados por falta de alternativas. O êxodo rural inchou as cidades e criou favelas gigantescas como as de Cité Soleil e Bel Air. Locais marcados pela cena de crianças tomando banho em esgoto puro, uma conseqüência direta do desastre ambiental da região. Parcas tentativas de reflorestamento tentam ajudar os haitianos a recuperar suas matas. Um projeto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro tenta criar viveiros de mudas, para produzir 200 mil árvores nativas e exóticas. O objetivo é reflorestar ao menos as encostas, os topos de morros e as nascentes. O projeto é dividido pelo governo Brasileiro e a Espanha, e custa um milhão de reais. Um pequeno passo muito importante para os haitianos recuperarem seus recursos naturais, e qualidade de vida.

Uma história semelhante ocorre em alguns pontos do Brasil, como o Vale do Jequitinhonha e o semi-árido Nordestino. Regiões onde a devastação ambiental foi seguida por uma onda de miséria e desigualdade social. Hoje, alguns projetos de reflorestamento buscam recuperar as matas devastadas dessas região. Como diria a música de Gilberto Gil: “O Haiti é aqui…”
(Juliana Arini) - do blog do planeta.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

As 5 inovações que mudarão as cidades

Segundo a IBM, nos próximos cinco anos a tecnologia impactará em setores como saúde, transporte, segurança, energia e água. Veja mais detalhes sobre a 4ª edição da lista anual “IBM Next 5 in 5”. A IBM anunciou, no início deste ano, a nova edição da lista anual “IBM Next 5 in 5", que em 2010 traz as cidades como foco. O mundo vive um processo de urbanização sem precedentes – estima-se que 60 milhões de pessoas mudam para os grandes centros a cada ano, cerca de um milhão por semana. No último ano, pela primeira vez na história, a maior parte da população mundial estava concentrada nas cidades. Especialistas estimam que a população mundial vá dobrar até 2050.

Para ajudar o mundo a se adaptar a esse crescimento veloz, com base em tendências de mercado e tecnologias emergentes de Laboratórios IBM do mundo inteiro, a companhia elaborou uma lista com cinco inovações que poderão impactar as cidades do mundo inteiro, nos próximos cinco anos. A 4ª edição do estudo aponta as transformações que podem ajudar a melhorar significativamente o destino dos grandes centros urbanos. São elas:

- Cidades terão sistemas imunológicos mais saudáveis – “A internet da saúde”;
- Construções urbanas serão capazes de responder como se fossem “organismos vivos”;
- Carros e ônibus urbanos vão operar sem combustível;
- Sistemas inteligentes atenderão à demanda das cidades por água e economizarão energia;
- Cidades “responderão” a uma crise mesmo antes de receber uma chamada de emergência.

“A IBM está atenta às mudanças pelas quais o mundo está passando e trabalha para antecipar tendências e propor soluções que economizem recursos e beneficiem a população mundial. Acreditamos que para construir um planeta sustentável, as cidades precisam ter infra-estruturas mais inteligentes e eficientes. E a tecnologia é ferramenta fundamental para isso”, reforça Cezar Taurion, gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil.

As cidades terão sistemas imunológicos mais saudáveis

Dada a sua densidade populacional, as cidades continuarão a ser foco de doenças transmissíveis. Mas, no futuro, autoridades de saúde saberão precisamente onde, quando e como as doenças estarão se espalhando – inclusive as áreas a serem afetadas. Cientistas oferecerão às autoridades municipais, hospitais, escolas e locais de trabalho as ferramentas necessárias a fim de aprimorar a detecção, monitoramento e prevenção de infecções como o vírus H1N1 ou gripes sazonais.

Veremos uma “Internet da saúde” emergir, onde informações médicas anônimas, contidas em registros de saúde eletrônicos, serão compartilhadas com segurança para impedir a disseminação de doenças e manter as pessoas saudáveis. A IBM já trabalha com organizações do mundo inteiro como, por exemplo, o projeto de segurança e saúde global da Iniciativa de Ameaça Nuclear (NTI) e o Consórcio do Oriente Médio de Vigilância de Doenças Contagiosas (MECIDS) para padronizar métodos de compartilhamento de informações de saúde e análise de epidemias de doenças contagiosas.

Construções urbanas serão capazes de responder como se fossem “organismos vivos”

Como as pessoas migram para prédios urbanos a taxas recordes, as construções serão feitas de forma inteligente. Hoje, muitos dos sistemas que formam um prédio – aquecimento, água, esgoto, eletricidade etc – são gerenciados de forma independente. No futuro, a tecnologia que gerencia instalações irá operar como um organismo vivo capaz de perceber e responder rapidamente, de modo a proteger cidadãos, economizar recursos e reduzir emissões de carbono. Milhares de sensores dentro das construções irão monitorar desde o movimento e temperatura até umidade, ocupação e luz. O prédio não apenas coexistirá com a natureza – ele fará uso dela. Esse sistema permitirá reparos antes que alguma coisa quebre, com unidades de emergência respondendo rapidamente com os recursos necessários.

Além disso, consumidores e proprietários irão monitorar seu consumo de energia e emissão de carbono em tempo real, tomando medidas para reduzi-lo. Algumas construções já dão sinais de inteligência ao reduzir o uso de energia, melhorando a eficiência operacional e aprimorando o conforto e a segurança para os ocupantes. O Hotel China Hangzhou Dragon, por exemplo, escolheu a IBM para construir um sistema de gerenciamento de hotel inteligente, instrumentado tecnologicamente e interconectado.

Carros e ônibus urbanos vão operar sem combustível

Cada vez mais, carros e ônibus urbanos deixarão de depender de combustíveis fósseis. Os veículos começarão a utilizar novas baterias que serão recarregadas de acordo com a freqüência de uso. Cientistas e parceiros da IBM estão trabalhando para desenvolver baterias que tornarão possível para veículos elétricos viajarem até 800 Km com uma única carga. Além disso, redes inteligentes em cidades podem permitir que carros sejam recarregados em locais públicos e usem energia renovável, como a eólica, para recargas, evitando a dependência de usinas a carvão. Isso reduzirá emissões e ainda minimizará a poluição sonora. A IBM e o consórcio de pesquisa EDISON, da Dinamarca, estão desenvolvendo uma infraestrutura inteligente para permitir a adoção em larga escala de veículos elétricos alimentados por energia sustentável.

Sistemas inteligentes atenderão à demanda das cidades por água e economizarão energia

As cidades perdem um volume alarmante de água – até 50% – devido à infraestruturas com vazamentos. Para piorar ainda mais a situação, a demanda humana por água deve crescer seis vezes ao longo dos próximos 50 anos – atualmente, uma em cada cinco pessoas não tem acesso à água potável.

Tecnologias avançadas de purificação ajudarão cidades a reciclar e reutilizar água localmente, reduzindo a energia usada para transportá-la em até 20%. Medidores e sensores inteligentes serão integrados em sistemas de água, energia e esgoto, fornecendo informações precisas e em tempo real sobre o consumo, permitindo tomar melhores decisões sobre como e quando usar esse recurso e evitar a contaminação de rios e lagos.

As cidades serão capazes de prever situações de emergência – “responderão” a uma crise mesmo antes de receber uma chamada de emergência

As cidades serão capazes de prever, reduzir e até impedir situações de emergência, como crimes e desastres. A IBM já atua junto a organizações policiais para analisar a informação correta no momento certo e assim permitir que tomem medidas proativas para evitar o crime. O Departamento de Combate a Incêndio da Cidade de Nova Iorque escolheu a IBM para construir um sistema para coleta e compartilhamento de dados em tempo real, a fim de evitar incêndios enquanto protege os bombeiros. A companhia também está desenvolvendo sistemas inteligentes de barragens para proteger cidades de inundações devastadoras.
(da  IBM - In Press Brodeur)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Redes sociais da internet viram principal conexão do Haiti com o mundo

Sobre uma colina ao lado da capital Porto Príncipe, uma haitiana olha consternada para a cidade sobre a qual uma nuvem de poeira cinza e grossa se ergue após o terremoto. A imagem de vídeo amador, feita por ela com um telefone celular, treme, enquanto a autora do vídeo grita: "Isso é o fim do mundo!".

Inúmeros vídeos semelhantes a esse podem ser vistos no YouTube ou em outros portais de vídeo na internet. Eles são as primeiras imagens que o mundo viu da catástrofe no Haiti.

A maioria das formas convencionais de comunicação ainda permanece interrompida após o terremoto: as linhas de telefone fixo estão mudas e falta luz a toda hora. Para os sobreviventes e seus parentes, a internet se tornou o principal meio de comunicação.

Apenas nas primeiras 24 horas após o tremor, o número de cliques relacionados com a palavra-chave "Haiti" cresceu 1.558%, relata a empresa de segurança eletrônica Zscaler. O fluxo de informações relacionadas ao tema cresceu 5.407% na rede mundial de computadores no mesmo período.

Troca de informações via Twitter

Principalmente para os milhões de exilados haitianos, a internet é no momento a principal ligação com a terra natal. É por meio dela que eles procuram saber se amigos, parentes e conhecidos sobreviveram à tragédia.

Mas a internet também é usada pelas pessoas que moram no Haiti: por meio do serviço de microblog Twitter são trocadas informações. "O hospital francês na rua Marcadieux Bourdon está aberto", escreve um certo Frederic Dupoux. Já Carel Pedre envia a mensagem: "Uma garota está viva sob os escombros. Rua Amiral Nr. 8, ligue para 509.3508.2789. Precisamos de ajuda!".

Pedre é um conhecido apresentador de rádio e televisão no Haiti e, no momento, um dos usuários que mais colocam mensagens no Twitter: em inglês, francês ou crioulo, ele relata para o mundo o que está acontecendo em Porto Príncipe. Pedre tem 6 mil seguidores, ou seja, pessoas que leem as suas mensagens.

A primeira mensagem foi divulgada por ele poucas horas depois do terremoto. "Alô, mundo! Khara e eu estamos em segurança!".

Também ajudantes estrangeiros repassam suas impressões por meio do Twitter. O bombeiro alemão Irakli West integra uma equipe de resgate que viajou para o Haiti para ajudar nas buscas por soterrados.

Uma das mensagens mais recentes de West foi: "Está na hora de ir para a cama. Já encontrei três ou quatro tarântulas na barraca. Vou dormir lá fora de novo!".

Imagens de satélite

As equipes de resgate recebem apoio também do Google, por meio de imagens de satélite disponibilizadas no serviço Google Earth. A empresa divulgou no seu blog Google Latlong que, após inúmeros pedidos de usuários e organizações humanitárias, colocou imagens recentes na rede com o objetivo de ajudar nas buscas por vítimas e na identificação das regiões mais atingidas.

No Facebook foi criada, logo após o terremoto, a comunidade "Help for Haiti", que já tem mais de 20 mil membros. Já a comunidade "pour l'annulation de la dette de Haiti" exige a anulação da dívida externa do país.

Doações pela internet

No Twitter, o rapper Wyclef Jean incentiva as pessoas a fazerem doações ao Haiti, país onde nasceu. Muitas organizações estão coletando doações por meio das redes sociais na internet, atingindo assim o público jovem.

A desvantagem: nem sempre é possível saber quem está por trás dos pedidos. Por isso, o Instituto Central Alemão de Questões Sociais (DZI) alerta para os golpistas que procuram se aproveitar da boa vontade de quem quer fazer doações.

Segundo o diretor Burkhard Wilke, é bom desconfiar de pedidos feitos por e-mail. "Quando a propaganda para uma doação é muito, mas muito emocional e contém poucas informações técnicas, é melhor ficar alerta." ( do deutsche weller).

Conversação instantânea na Web

O famoso programa de conversação instantânea ICQ, antecessor do MSN, que há pouco mais de uma década era febre da internet, ganhou uma versão reformulada e mais dinâmica. O ICQ 7.0 permite integrar a conversação em diversas redes sociais, como Facebook, Twitter, YouTube e Flickr, separando todas estas ferramentas por abas. O programa pode ser baixado gratuitamente no site oficial. ( do blog de thiago marinho).

sábado, 23 de janeiro de 2010

Faces of Haiti


Seis dias depois do terremoto que devastou a cidade de Porto Príncipe, veja aqui, mais imagens impressionantes.

França e Alemanha desaconselham uso do Internet Explorer

Após o Departamento de Segurança de Informações Técnicas da Alemanha (BSI) ter emitido, na semana passada, recomendação para não usar o Internet Explorer – o navegador da gigante norte-americana Microsoft – o governo francês publicou recomendação semelhante, nesta segunda-feira (18/01), no site de um centro governamental de especialistas em ataques de internet.

Na Alemanha, o BSI alertou na última sexta-feira que lacunas de segurança no Internet Explorer permitem a hackers introduzir, através de uma página de internet manipulada, um código malicioso num computador com o sistema operacional Windows.

A falha de segurança foi provavelmente aproveitada para os recentes ataques de hackers na China contra a Google e outras empresas, confirmou a Microsoft.

Mozilla Firefox 3 ultrapassa Internet Explorer

O BSI recomendou que o navegador Internet Explorer deixasse de ser usado até que a falha de segurança fosse corrigida. Foram atingidas as versões 6, 7 e 8 do navegador e os sistemas operacionais XP, Vista e Windows 7. Até o momento, os danos ainda estão sob controle e somente poucos consumidores devem ter sido atingidos, disse a Microsoft. A empresa trabalha agora na correção do problema.

Segundo pesquisa da empresa de pesquisa de mercado Fittkau &, no ano passado, o Internet Explorer deixou de ser o navegador mais usado na Alemanha. Ele foi ultrapassado pelo Mozilla Firefox 3, que teve uma parcela de mercado de 45,6%. Após anos à frente da preferência dos usuários alemães, o Internet Explorer da Microsoft deteve somente uma parcela de mercado de 44,4% em 2009.

Neste final de semana, a Google desmentiu o anúncio de blogueiros chineses e da mídia do país de que estaria se retirando da China. A ameaça havia sido feita após ataques maciços contra a empresa, nos quais foram introduzidos programas espiões nos seus computadores da empresa. ( do Deutsche weller ).

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Empregos do futuro

Já pensou em trabalhar como organizador de clutter virtual, narrowcaster ou policial de alterações climáticas?

Pois de acordo com uma pesquisa encomendada pelo governo inglês, essas são algumas das profissões do futuro.

A Future of Jobs to Come ouviu 486 especialistas de 58 países em seis continentes para elaborar uma lista de 20 carreiras em alta nas próximas duas décadas.O foco eram as mudanças em tecnologia e ciências, e quais empregos esses avanços poderiam gerar.

Antes da lista, no entanto, foi necessário entender qual a realidade do mercado de trabalho em 20 anos.

O mundo em 2030

Os especialistas prevêem que as fontes de energia alternativas, não nucleares, sejam comuns em veículos, casas e escritórios, suprindo de 20% a 40% da demanda nos países desenvolvidos.

O consumo de comida e energia deve aumentar 50% se comparado a 2009, e o de água 30%.

Novidades em tecnologia espacial diminuirão o tempo das viagens e os avanços em tecnologias experimentais levarão a um maior uso do mundo virtual, como hologramas, projeções 3D, televisão 3D e realidade virtual.

Para cada uma dessas áreas há uma gama de oportunidades. As profissões deverão atendem às necessidades de uma população em envelhecimento, com grande demanda pro alimentos e cuidados com a saúde, sem deixar de lado o meio ambiente.

Os cargos listados são uma especulação, é claro – e misturam a realidade com uma boa dose de imaginação - mas ajudariam a viver em um mundo cibernético, seja fornecendo proteção legal ou até aconselhamento para a criação de perfis virtuais.

Os novos empregos que surgirão entre 2010 e 2030

1. Fabricantes de partes do corpo: avanços na ciência tornarão possível a fabricação de partes do corpo avulsas, abrindo campo para fabricação, comércio e reparo dessas partes.

2. Nano-médicos: há um grande potencial para desenvolvimento de aparelhos em nanoescala aplicados em novos procedimentos, que podem transformar os cuidados pessoais. Uma nova nanomedicina será necessária para administrar esses tratamentos.

3. Fazendeiro de seres geneticamente modificados: alguém precisará se especializar nos cuidados de plantas e animais geneticamente modificados.

4. Consultor/gestor do bem estar na velhice: especialistas irão reunir conhecimentos de diversas áreas (farmacêutica, medicina, próteses, psiquiatria entre outros) para ajudar a tratar e cuidar das necessidades da velhice.

5. Cirurgião do aumento de memória: novas tecnologias permitirão a médicos adicionar uma capacidade extra de memória no cérebro.

6. Cientistas para criar uma nova ética: avanços em áreas como clonagem exigem uma nova ética que ajude a sociedade a tomar decisões conscientes. As perguntas não serão mais “podemos fazer isso?” mas sim “devemos?”.

7.Pilotos espaciais, guias de turismo e arquitetos: com o turismo espacial, pilotos,guias e designers serão necessários para construir as moradias no espaço e em outros planetas.

8. Fazendeiros verticais: cidades terão agricultura vertical, regadas hidroponicamente, e exigirão pessoas com habilidades cientificas, de engenharia e comércio.

9. Especialista em reversão das mudanças climáticas: uma nova classe de engenheiros cientistas ajudaria a reduzir ou reverter os efeitos das mudanças climáticas em locais específicos.

10.Reforço de quarentena: Equipes preparadas para conter epidemias. Enfermeiras, para tratar dos enfermos, e seguranças, para impedir a evasão de divisas, são alguns dos cargos necessários.

11. Polícia de alterações climáticas: semear nuvens para gerar chuva já é algo que acontece no mundo. Com o avanço dessas e de outras tecnologias, alguém terá que controlar e monitorar quem pode, e como pode, realizar esse tipo de intervenção na atmosfera.

12. Advogado virtual: cada vez mais detalhes da nossa vida vão para a rede, e especialistas são necessários para resolver disputas legais envolvendo a internet.

13. Controlador de avatar e professor virtual: entre os diversos usos futuros para um avatar (daí a necessidade de se contratar controladores), eles poderiam ser usados para auxiliar ou substituir professor em salas de aula. Assim, alguém que more nos Estados Unidos pode lecionar no Brasil: basta se conectar ao se avatar.

14. Desenvolvedor de veículos alternativos: voadores, nadadores, com materiais e combustíveis diferentes... Alguém precisará pensar nos carros do futuro.

15. Narrowcasters – um trocadilho com “broadcast”. Conforme a mídia se torna mais e mais personalizada, especialistas terão que trabalhar com conteúdo sob medida para indivíduos.

16. Controlador de dados deletados: especialistas encontrarão uma maneira segura de descartar dados sem que estes sejam rastreados.

17. Organizador de clutter virtual: profissional que ajuda a organizar nossas vidas eletrônicas, como e-mail, armazenamento, IDs e aplicativos.

18. Controladores de bolsa virtual/ pregão virtual: assim como aconteceu com os bancos, as transações das bolsas serão cada vez mais virtuais.

19. Assistente social de networking: ajuda aqueles traumatizados ou marginalizados pelo networking.

20. Personal brander: ajudam pessoas comuns uma se tornarem uma “marca” pessoal usando, por exemplo, mídias sócias. Que personalidade você projeta via Twitter, blog, etc? Os valores que passa são consistentes com suas metas?  ( do site infoabril ).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dicas semanais de sites

Software de inovação: são softwares desenvolvidos pela Innoscience em parceria com a Brightidea que facilitam o gerenciamento da inovação nas empresas desde a criação até o seu desenvolvimento.

Gigapixel: site que reúne fotos panorâmicas que possuem gigapixels de resolução. Navegando pelas imagens da barra no site é possível ter uma noção do nível de detalhes que uma imagem de alta resolução pode mostrar.

English Central: Aprenda inglês enquanto assiste vídeos. No English Central é possível acompanhar a legenda dos vídeos, escutando a pronuncia de cada palavra isolada. Além disse o site possui um sistema de reconhecimento de voz que possibilita um feedback da pronuncia de suas palavras.

Backupify: Sempre ouvimos que não precisamos fazer backup dos nossos dados que estão na Internet pois as empresas já se encarregam com as suas políticas de backup. Porém quando se tem dados de extrema importância e não se sabe o que pode acontecer com as empresas que armazenam os seus dados uma ferramenta como o Backupify pode auxiliar, criando um Backup dos dados de ferramentas como Gmail, Facebook, Twitter, Flickr, dentre outros.

bitly.tv: acompanhe em tempo real o que as pessoas estão assistindo no YouTube e qual a repercussão desses vídeos no Twitter. (do site inovação e negócios na era da internet).

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Salvem o antílope para poupar o gorila

Os conservacionistas estão descobrindo que a melhor maneira de preservar o meio ambiente é entender as necessidades das comunidades locais. Foi isso que a pesquisadora americana Melissa Remis, da Universidade Purdue, descobriu ao trabalhar com uma comunidade da República Centro-Africana. A população de 5 mil pessoas da reserva florestal Dzanga-Sangha estava se alimentando da carne dos gorilas, ameaçados de extinção. Mas como pedir que as pessoas parassem de caçar os animais se elas estavam passando fome?

A solução veio com uma descoberta ao acaso, proporcionada pela exploração econômica da floresta. O grupo de pesquisadores que trabalhava no local percebeu que a retirada de algumas árvores (técnica conhecida como manejo) permitia que mais luz entrasse na floresta. A iluminação favorecia o crescimento de um tipo de arbusto que servia como alimento para uma espécie de antílope, a fonte original de proteínas da população local. Eles só haviam começado a caçar gorilas por causa da escassez de antílopes. “Esse é um exemplo de como a atividade madereira controlada pode ajudar”, afirma Melissa. “É uma mostra da importância de biólogos e antropólogos trabalharem juntos.” (do blog do planeta)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Sobre Avatar - o filme

Impossível não comentar sobre Avatar, o estrondoso sucesso do momento, segunda maior arrecadação da história – por enquanto – e que já começou a papar prêmios ontem, na cerimônia do Globo de Ouro. Tenha você gostado ou não, há fatos relevantes a discutir sobre essa obra, muito além da computação gráfica e da bilheteria.

Primeiro foi o empenho na construção desse filme. Fala-se no custo de U$ 230 milhões. Para onde foi todo esse dinheiro?

O filme de James Cameron foi feito com uma nova tecnologia de filmagem chamada 3D Fusion, invenção do próprio, em parceria com o diretor de fotografia Vince Pace. O resultado: 1 petabyte de material digitalmente produzido. Quanto seria isso? Bem, imagine 500 HDs de 2 TB lado a lado.

Não tem ilha de edição no mundo capaz de renderizar um gigante desses, exceto uma, na minúscula Miramar, cidade da Nova Zelândia – o mesmo lugar onde se fez King Kong e O Senhor dos Anéis. A Weta Digital é um super datacenter composto por 34 racks, cada um com 4 chassis de 32 máquinas cada, resultando em 40.000 processadores e 104 TB de RAM, tudo conectado entre si numa rede de 10 gigabits.

Revolução nas salas de cinema

O segundo ponto a comentar foi a sacudida no mercado cinematográfico. A eminência da estréia fez com que, ano passado, donos de salas de cinema corressem para fazer o “upgrade”. Hoje temos uma quantidade razoável de salas 3D no Brasil, além das 2 IMAX, cuja grande diferença é a tela gigantesca, que, em conjunto com o 3D, traz uma experiência de imersão no filme sem igual.

Um pouco receosa de pegar filas enormes e gastar R$ 30 num ingresso de cinema em dia de semana, arrisquei, animada ao ler os primeiros reviews e tranquilizada pelos assentos marcados. Saí de lá hipnotizada. Foi um dinheiro bem gasto, a ponto de ter decidido ver só extras caso compre um DVD no futuro. Para não macular tão grandiosa lembrança.

Se donos de estúdios, produtores, cinemas e distribuidores andavam arrancando os cabelos por causa da pirataria e da troca livre de arquivos pela internet, agora eles podem virar o jogo: a nova tecnologia é a chance de trazer de volta às telonas o público que, entediado pela falta de novidades nas salas de projeção, acomodou-se com o homevideo e a internet.

Na indústria das TVs também já sentimos agitação. Só que ainda estamos longe, muito longe de ter dentro de casa uma experiência 3D comparável ao cinema. Algumas fabricantes já trouxeram aparelhos no mercado – um fiasco de vendas, tão precários que foram imediatamente removidos das poucas prateleiras que ousaram abrigá-los. Na CES desse ano também vimos novidades, mas ainda a anos luz de se instalarem em nossas salas de estar. Pelo preço e pela exigência do usuário ficar estático em seu sofá, ou aderir aos indefectíveis óculos especiais. Ainda há muito a trabalhar.

Nesse meio tempo, Hollywood se assanhou e em 2010 já temos uma agenda boa de produções 3D. Estava mais do que na hora dos estúdios correrem atrás de inovações ao invés de usuários P2P. Para nós, espectadores, novidades tecnológicas diferentes de DRM são muito bem-vindas. (do tecnoblog).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Imagens da tragédia no Haiti pelas lentes do New York Times


Confira aqui, imagens impressionantes do terremoto que arrasou o Haiti

Museu da Memória e dos Direitos Humanos

Acaba de ser inaugurado em Santiago, no Chile, o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, para dar início às comemorações do bicentenário da independência chilena. O projeto, vencedor de um concurso de 2007, é do escritório brasileiro Estúdio América, assinado pelos arquitetos Carlos Dias, Lucas Fehr e Mário Figueroa.

O museu tem duas construções distintas: a Barra e a Base. As exposições são realizadas na Barra, edifício com 18 m de altura por 80 de largura, com três pisos que se integram por espaços vazios, com liberdade de percursos. "Para nós a memória não é linear", diz Mário Figueroa. "Acreditamos que a resposta que deveríamos dar para o museu era de um espaço que gerasse possibilidades distintas de percursos", completa.

A cobertura tem rasgos por onde a luz desce zenitalmente e penetra em toda a barra através dos vidros laterais, que divisam a circulação. A cobertura também possui placas fotovoltaicas.

O piso da Barra é um mosaico das terras chilenas coberto com vidro, fazendo alusão à memória dos lugares. Limalhas de cobre e ferro sob o piso marcam, por efeitos magnéticos, o percurso dos visitantes. No revestimento externo, o cobre e o carvão simbolizam a história dos mineradores chilenos.

Na Base, em nível inferior, situam-se os setores administrativos e locais para seminários, cinema de arte, estudos, produção e outros. Metaforicamente, é como se o conhecimento surgisse nas "raízes" do museu (Base) e "florescesse" para apreciação coletiva (Barra).

A exposição de inauguração é sobre o apartheid na África do Sul. O museu também contará com um acervo que expõe, entre outras instalações, o atropelo aos direitos humanos ocorrido entre 1973 e 1990 pelo ditador Augusto Pinochet. (do site piniweb)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Brasil é o segundo país com mais usuários no Twitter

Um levantamento realizado pela consultoria de mídias sociais Sysomos mostrou que o Brasil ocupa a segunda colocação em número de usuários do microblog Twitter e que São Paulo é a terceira cidade no ranking. O Rio de Janeiro também aparece entre as dez primeiras da lista.

Segundo a Sysomos, em junho os Estados Unidos concentravam 62,1% dos usuários, mas esse número caiu muito desde então. Agora, os americanos são 50,88% dos usuários, enquanto o Brasil aparece em segundo lugar, ainda distante, com 8,79%. Completam a lista de cinco primeiros o Reino Unido (7,2%), o Canadá (4,35%) e a Alemanha (2,49%).

Em junho, o Brasil era o quinto colocado na tabela, representando 2% dos usuários do microblog, atrás de EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália, que caiu para a sétima posição na medição realizada entre outubro e dezembro pela consultoria.

O uso microblog nos EUA é bastante disperso. Prova disso é que a cidade onde há mais usuários únicos é Londres, a capital inglesa, com 2,08% dos usuários. Los Angeles (EUA) é a segunda colocada, com 1,63%, e São Paulo aparece em terceiro lugar, com 1,47%. É de São Paulo que ÉPOCA atualiza o seu perfil no Twitter. O Rio de Janeiro ficou em nono lugar, sendo responsável por 0,75% dos usuários do Twitter. Completam a lista das dez primeiras colocadas Nova York, Chicago, Toronto, Atlanta, São Franciso e Washington. Salvo Toronto (Canadá), todas as outras são cidades americanas.

Os moradores de Nova York, entretanto, são os mais ativos. De acordo com a Sysomos, eles escrevem 2,37% de todos os tweets (mensagens) do mundo. Londres, Los Angeles, Chicago, Atlanta estão abaixo no ranking, e São Paulo é a sexta colocada, com 1,18%. ( da revista época).

4 dias de caos no Haiti


Nesta reportagem do Wall Street Journal, veja imagens desoladoras da tragédia que destruiu diversas localidades no Haiti.

Eclipse do sol na África e na Ásia

Milhares de africanos e asiáticos presenciaram hoje um fenômeno que só deve ser apreciado por um tempo tão longo novamente em mais de mil anos, segundo a Nasa, a Agência Espacial Americana. O eclipse no qual a lua cruzou o caminho do sol deixou apenas uma pequena faixa de luz, em forma de anel.

A observação do eclipse anular do sol começou na África, passando pelo Chade, República Democrática do Congo, Quênia e Somália antes de cruzar o Oceano Índico, onde atingiu seu apogeu, segundo o site da Nasa. O fenômeno continuou a ser observado na Ásia, onde pôde ser visto nas Maldivas, sul da Índia, partes do Sri Lanka, Mianmar e China.


O eclipse é chamado de anular porque a lua não bloqueia o Sol completamente. Eclipses anulares do sol, que são considerado menos importantes para os astrônomos do que eclipses totais do sol, ocorrem cerca de 66 vezes por século e podem ser observados apenas numa pequena faixa ao longo de seu caminho.

Em Uganda, os moradores se referem ao eclipse como uma guerra ente o sol e a lua. O eclipse desta sexta-feira foi visível de uma faixa de 300 quilômetros que passou por metade do globo.

"Uma duração tão longa do eclipse anular não voltará a se repetir em mais de de mil anos (23 de dezembro de 3043)", informa o site da Nasa dedicado aos eclipses. (do blog ciência e meio ambiente jc).

Franceses descobrem o mecanismo que explica a ação do vinho na circulação

Pesquisadores franceses descobriram o mecanismo molecular que explica a ação do vinho na saúde das veias e artérias.

Os estudos, que foram realizados em ratos, visavam estudar os efeitos dos polifenóis presentes no vinho. Eles são um grupo de substâncias químicas que, graças à produção de monóxido de carbono (CO) têm efeito vasodilatador.

A equipe conseguiu comprovar que um tipo específico de polifenól, a delfinidina, desencadeia uma série de reações que no final provoca o relaxamento vascular, segundo explicou o autor do estudo, Matthieu Chapolin.

Desta maneira, as veias do corpo têm menos chances de ficarem entupidas e, conseqüentemente, o risco de doenças cardíacas diminuí. (do site adega).

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Panorama desolador no Haiti - IV

Haiti 48 horas depois do terremoto - III


48 horas depois do terremoto que devastou o Haiti, com números de mortes em torno de 50 mil, segundo dados da cruz vermelha. VEJA AQUI, mais imagens dessa terrível catástrofe, mostradas pelo the big picture.

Imagens do terremoto no Haiti - II

NASA confirma degelo na Antártida

NASA desmente pesquisas anteriores que apontavam diminuição no ritmo de degelo na Antártida.

A Agência Espacial Americana usou dados coletados por satélites para anunciar que o continente vem perdendo mais de 100 km3 de gelo ao ano desde 2002.

A NASA explica que os dados que apontam a diminuição no derretimento não levam em conta a grande quantidade de gelo abaixo da superfície – e que é preciso entender a geografia do continente para investigar melhor a questão.

Dois terços da Antártida são formados por um grande deserto gelado – o Leste. Essa região é composta por uma placa contínua do tamanho da Austrália e coberta com dois quilômetros de gelo. Para se ter uma idéia, caso ele fosse todo derretido aumentaria em 60 metros o nível do mar no mundo.

Lá, pouco ou nenhum degelo vem ocorrendo. Radares e satélites mostram pouca perda de massa no Leste – e, o pouco que derrete nas bordas, é compensado pelo acúmulo de mais neve no centro.

O lado Oeste, no entanto, é bastante diferente. Por ser composto de uma série de ilhas, ele tem grande parte de seu gelo em contato com o mar, e ao na terra firme. Algumas partes ficam a até 1,7 km abaixo da linha da água – e é aí que mora o problema.

Desde a década de 90 a NASA vem acompanhando o que se passa nessas zonas submersas. Informações coletadas entre 1992 e 1996 pelo oceanógrafo Eric Rignot mostraram que o maior dos glaciares do lado Oeste está perdendo gelo - não na parte exposta, mas na submersa. Na época, constatou-se que a causa seria o aquecimento das águas mas, com apenas alguns anos de dados, não era ainda possível determinar se era um acontecimento natural, temporário, uma anomalia ou uma conseqüência do aquecimento global.

Desde então, outras pesquisas com radares tem sido feitas na região. Em 2009, o pesquisador publicou novo dados mostrando que a maioria dos glaciares marinhos da Península Antártida estava se retraindo em ritmo acelerado. No ano passado, foi constatado que a taxa de derretimento quadruplicou entre 1995 e 2008.

Os satélites Aqua e Terra registraram o desmoronamento rápido de partes do gelo, fato que os cientistas atribuem ao aquecimento da água: uma vez enfraquecida a estrutura submersa, a parte exposta cai.

Segundo a NASA, é clara a aceleração do degelo na região. Os satélites GRACE constataram a perda com medições totais da região, e diversos estudos foram publicados, inclusive na Nature e na Geophysical Research Letters.

O entanto, como os satélites não conseguem medir com precisão as partes submersas, uma nova expedição está programada para ir ao continente em 2011. (do site info online).



Trono poderoso

Onde há sujeira, há dinheiro – ou algo semelhante, diz o velho ditado. Os cínicos podem sugerir que isto se refira à questão de quem leva o quê, mas os leitores atentos podem ser perdoados por pensar, enquanto estão se recuperando dos excessos das Festas no menor aposento da casa, o que acontece exatamente quando puxam a descarga.

A resposta é animadora. Cada vez menos resíduos, atualmente, são realmente jogados no lixo. Em vez disso, são usados para gerar o biogás, uma rica mistura de metano que pode ser empregada para aquecimento e para a geração de eletricidade. Além disso, numa época em que há muita preocupação com a eficiência energética, os avanços tecnológicos estão espremendo cada vez mais as fezes humanas, para liberar até a última gota do material.

Produzir biogás significa provocar artificialmente às fezes o que aconteceria naturalmente, se fossem simplesmente despejadas no meio ambiente ou deixadas a degradarem a céu aberto em uma estação de esgoto tradicional. Ou seja: tomar medidas para que esses dejetos possam ser degradados por bactérias. Capturar o metano resultante tem um duplo benefício: tanto produz energia como também impede que um potente gás do efeito estufa seja liberado na atmosfera.

Tanque cheio

Vários grupos estão testando maneiras de tornar mais eficiente o processo pelo qual as fezes são digeridas em metano. A GENeco, subsidiária da Wessex Water, uma empresa britânica de serviços públicos, usa o calor. Em vez de funcionar à temperatura corporal, o processo da empresa primeiro aquece o excremento a 40°C por vários dias. Em seguida, transfere o líquido para um tanque de fermentação cinco graus mais frio.

Este sistema de dois tanques produz mais metano que os métodos convencionais, pois os diferentes tipos de bactérias, que degradam diferentes componentes das fezes, funcionam melhor em temperaturas diversas. O resultado de dar a diversos grupos de organismos a chance de operar em seu ambiente ideal é, segundo Mohammed Saddiq, chefe Geneco, responsável pela produção cerca de 30% maior de metano, se comparada a uma determinada quantidade de excrementos.

Na Alemanha, uma equipe do Instituto Fraunhofer de Stuttgart, liderado por Walter Trösch, está usando uma abordagem diferente. Dr Trösch reduziu o tempo levado para digerir o esgoto de duas semanas para uma, empregando um sistema de bombeamento da mistura. Isso funciona mais rápido que os métodos tradicionais por duas razões: a primeira é que a agitação faz com que o metano borbulhe para a superfície mais rápido. Do ponto de vista das bactérias, o metano é tão resíduo como as fezes são do ponto de vista humano. Ajudar este veneno a escapar permite que as bactérias sobrevivam mais tempo e, portanto, produzam metano ainda mais.

A segunda razão é que a mistura do lodo move as bactérias para longe de pedaços que já foram digeridos e as leva para um material “fresco”, que ainda não tenha tido muito contato com outras bactérias. O resultado é uma digestão mais rápida do todo. O sistema de bomba de Fraunhofer, que já foi implantado em 20 plantas de esgoto no Brasil, Alemanha e Portugal, opera por apenas algumas horas ao dia, não requerendo uma grande quantidade de energia.

Infelizmente, isso não é verdade na abordagem utilizada por pesquisadores do Tema Institute in Linkoping University, na Suécia. Eles estão desenvolvendo uma técnica que utiliza ultra-som, em vez de bombas, para quebrar o lodo. Isso eleva a produção de metano em 13% mas, no momento, o processo de geração do ultra-som consome mais energia do que produz.

A consequência de técnicas como estas é que uma proporção cada vez maior de esgoto está sendo usada como matéria-prima para geração de energia. Os alemães já processam cerca de 60% de suas fezes desta forma, e os checos, ingleses e holandeses estão logo atrás (veja quadro abaixo).

A GENeco calcula que na Grã-Bretanha esse valor atinja 75%, até o final de 2010, suficiente, quando convertido em eletricidade, para atender até 350.000 lares. As fezes são o alimento que foi processado pelo sistema digestivo humano para extrair ao máximo a energia útil. Uma quantidade enorme de resíduos de alimentos, porém, nunca entrou na boca de alguém, e esta é uma fonte ainda mais promissora de biogás.

Nos Estados Unidos, em particular, numerosas estações de tratamento começaram a processar alimentos não digeridos em grandes quantidades, ao longo de 2009. Este é o resultado de uma política de colaboração entre a Agência de Proteção Ambiental do país e seu Departamento de Energia, para incentivar a reciclagem de resíduos alimentares dessa forma.

Na Grã-Bretanha, contudo, a política pública desencoraja tal atividade. Estações de tratamento de água devem pasteurizar os restos de comida antes que sejam processados, de acordo com Michael Chesshire, o chefe de tecnologia da BiogenGreenfinch, uma empresa que modifica digestores de esgoto para utilizar restos de comida. Este é um grave desperdício de dinheiro. (do the economist/agenda sustentável).

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