terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Atlas de pressões e ameaças às Terras Indigenas na Amazônia brasileira


A publicação organizada pelo Instituto Socioambiental (ISA) traz 25 mapas, além de textos de contextualização e casos emblemáticos, tabelas, gráficos e fotos sobre temas como: estradas, hidrelétricas, desmatamento, agropecuária, queimadas, mineração, exploração madeireira, garimpo, petróleo e gás, população, saneamento básico, urbanização e projetos do PAC. A quase totalidade dos dados foi colhida em instituições que subsidiam pesquisas, políticas e indicadores oficiais, como o IBGE, o Inpe e a Aneel.

Mapa revela cadeia de montanhas escondida na Antártida

Cientistas que mapearam as mais enigmáticas cadeias de montanhas da Terra anunciaram algumas de suas descobertas em uma conferência realizada esta semana nos Estados Unidos.

A equipe internacional de pesquisadores passou dois meses entre 2008 e 2009 estudando as montanhas Gamburtsevs, uma cordilheira com picos que ultrapassam os 2.500 metros de altitude escondida sob a neve na Antártida.

Longa e rugosa

Os especialistas revelaram, por exemplo, que o contorno das montanhas é mais rugoso do que se acreditava, e que elas estão agrupadas de forma linear, ao contrário do que se pensava.

A formação linear é importante porque indica a possível origem das montanhas, cuja existência intriga cientistas desde que a cordilheira foi descoberta por pesquisadores soviéticos há 50 anos.

Um dos integrantes da equipe, o cientista Michael Studinger, do Lamont-Doherty Earth Observatory (LDEO) da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, disse que a estrutura linear torna as Gamburtsevs comparáveis aos Alpes ou aos Montes Apalaches.

"São cadeias de montanhas que se formaram pela colisão de placas tectônicas", disse Studinger à BBC.

O especialista fez suas declarações durante o encontro de outono da União Geofísica Americana, em São Francisco, na Califórnia.

Ele enfatizou que a análise das informações coletadas ainda é bastante incipiente e que uma avaliação final deverá ser publicada mais adiante.

Segredos sob o gelo

Quando foram detectadas em 1957 pelos soviéticos, as montanhas surpreenderam a comunidade científica internacional porque, até aquele período, acreditava-se que a superfície rochosa no centro do continente antártico era relativamente plana.

A cordilheira tem despertado o fascínio de cientistas desde então, porque acredita-se que, há 30 milhões de anos, ela tenha sido um ponto que originou as gigantescas camadas de neve que hoje cobrem a Antártida.

Ou seja, se as montanhas não estivessem ali, no meio do continente antártico, o lençol de gelo que existe no local talvez não tivesse se formado da maneira como ocorreu.

Clima de outro mundo

Estudar as Gamburtsevs, no entanto, é extremamente difícil. As temperaturas no local podem cair abaixo de - 80ºC.

Para este estudo, duas aeronaves Twin-Otter sobrevoaram os picos escondidos sob a neve, percorrendo um total de 120 mil km.

Elas coletaram informações sobre a espessura do gelo, obtiveram imagens feitas por radar da base rochosa submersa e das diferentes camadas de gelo que a encobrem e ainda fizeram um mapa da superfície gelada com um equipamento a laser.

"Chegamos a um ponto no processamento das informações que nos permite iniciar o trabalho científico com os dados", disse Studinger.

Evolução climática do planeta

A camada de gelo que cobre as montanhas varia entre algumas centenas de metros, nos pontos menos espessos, até cerca de 4.800 metros.

A análise dos dados revela também um perfil rugoso com altos picos e vales profundos, escavados por rios e gelo em um passado longínquo.

Estudar o que aconteceu nesses vales pode trazer pistas sobre quão rapidamente as Gamburtsevs foram encobertas pelo gelo - e sobre a evolução climática do planeta.

Os dados indicam ainda que existem bolsões de água na base do gelo.

"Estamos entusiasmados com a ideia de usar essas informações para ver como os vales escavados pelos rios e depois cobertos pelo gelo estão agora conduzindo a água sob o lençol de gelo", disse Robin Bell, outro integrante do LDEO.

Outro pesquisador, Fausto Ferraccioli, do centro de pesquisas British Antarctic Survey, disse que é possível que os cientistas encontrem um ponto onde o gelo possa ser perfurado para que se obtenham informações sobre o clima da Antártida há milhões de anos.

"Pode existir gelo mais antigo do que 1,2 milhões de anos - entre 1,2 e 1,5 milhões", disse Ferraccioli à BBC News. (inovação e tecnologia)

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