terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Marina Silva fala sobre Hidrelétrica de Belo Monte

O Ibama concedeu a licença prévia para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (clique na imagem à esquerda para ampliá-la). Trata-se de um projeto muito polêmico, localizado no rio Xingu, no Pará, próximo ao município de Altamira, numa região conhecida como Volta Grande do Xingu. O nome deve-se ao desenho do rio que, visto de cima, assemelha-se a uma “ferradura”.

Por meio de barragens, as águas do rio serão desviadas para um canal que unirá as pontas mais próximas dessa “ferradura”. Ao final desse canal, as águas passarão pelas turbinas antes de retornarem ao seu curso normal.

Como tudo na Amazônia, os números que envolvem a obra são gigantescos. A quantidade de terra e pedra que será retirada na escavação do canal – cerca de 210 milhões de m³ - é um pouco menor da que foi removida na construção do Canal do Panamá. E ainda nem se definiu qual a destinação desse material. Pelo leito do rio Xingu passa uma vazão de 23.000 m³/s de água no período de cheia. Um volume correspondente a quatro vezes a vazão, também nos períodos de cheia, das Cataratas do Iguaçu.

Os impactos socioambientais também terão essa mesma ordem de grandeza. E ainda não foram concluídos. Só sobre a fauna, segundo dados coletados durante o Estudo de Impacto Ambiental, podemos ter uma idéia. Na área existem 440 espécies de aves (algumas ameaçadas de extinção, como a arara-azul), 259 espécies de mamíferos (40 de porte médio ou grande), 174 de répteis e 387 de peixes.

Apenas a eficiência energética da usina não será tão grande. Uma obra colossal que custará certamente mais de R$ 30 bilhões - se somados todos os gastos, como o custo e a extensão da linha de transmissão, por exemplo - terá uma capacidade instalada de gerar, em média, 4.428 MW, em razão do que poderá ser suportado pelo regime hídrico do rio, nesta configuração do projeto. E não os 11.223 MW que estão sendo equivocadamente anunciados.

A energia média efetiva entregue ao sistema de distribuição será de 39% da capacidade máxima de geração, enquanto a recomendação técnica indica que essa eficiência seja de pelo menos 55%.

Para que Belo Monte possa apresentar um grau de eficiência energética compatível com as recomendações técnicas, seria necessária a construção de outras três hidrelétricas na bacia do rio Xingu, que teriam a função de regularizar a vazão do rio. Por ora, a construção dessas usinas foi descartada pelo governo porque estão projetadas para o coração da bacia, onde 40% das terras pertencem aos indígenas.

No entanto, a insistência em manter o projeto nessa dimensão (apesar de haver alternativa de barragem com quase metade da capacidade instalada e perda de pouco mais de 15% na potência média gerada) provoca forte desconfiança, tanto dos analistas como das comunidades e dos movimentos sociais envolvidos, de que a desistência de construir as outras três hidrelétricas seja apenas temporária.

A população indígena - são mais de 28 etnias naquela região - ficará prensada entre as cabeceiras dos rios que formam a bacia, hoje em processo acelerado de exploração econômica e com alto nível de desmatamento acumulado. E a barragem, além de interromper o fluxo migratório de várias espécies, vai alterar as características de vazão do rio.

É incrível que um empreendimento com esse nível de interferência em ambientes sensíveis seja idealizado sem um planejamento adequado quanto ao uso e à ocupação do território. A solução de problemas dessa dimensão não pode ser delegada exclusivamente a uma empresa com interesse específico na exploração do potencial hidrelétrico, com todas as limitações conhecidas do processo de licenciamento.

Com a obra, são esperadas mais de 100 mil pessoas na região. Não há como dar conta do adensamento populacional que será provocado no meio da floresta amazônica, sem um planejamento para essa ocupação e um melhor ordenamento do território. Isso só pode ser alcançado através da elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável na região de abrangência da obra.

Essa foi uma grande omissão nesse processo, mas não a única. Não temos como deixar de indagar se não há outros aproveitamentos hidrelétricos que seriam mais recomendados, sob o ponto de vista dos impactos ambientais ou da eficiência energética.

No entanto, não há projetos com estudo de viabilidade técnica e econômica prontos para serem submetidos ao licenciamento ambiental. Apesar de o diagnóstico ser conhecido desde 2003, apenas em meados do ano passado foram finalizadas as primeiras revisões de inventário de bacia hidrográfica, como a do Tapajós.

Com isso, projetos polêmicos e com grandes impactos têm que ser analisados em prazos muitas vezes incompatíveis com o grau de rigor que deveriam ter, numa clara demonstração de como, muitas vezes, os ativos ambientais são afetados pela falta de planejamento de outros setores de governo.

Porém, nada foi mais afetado do que nosso compromisso ético frente à responsabilidade com o futuro de povos e culturas. Não foram sequer feitos estudos sobre os impactos que os povos indígenas terão. Só para exemplificar, o que significará para eles ter a vazão reduzida significativamente num trecho de 100km em função do desvio das águas para o canal? O plano de condicionantes tampouco menciona a regularização de duas Terras Indígenas (Parakanã e Arara), já bastante ameaçadas.

Estas e outras comunidades indígenas manifestam inconformidade por não terem sido ouvidas adequadamente, segundo os preceitos da Resolução 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, mas nunca implementada para valer.

O Brasil possui um importante potencial de geração de energia hidrelétrica a ser desenvolvido. Mas as dificuldades em retomar o planejamento do setor na velocidade que possibilite escolhas e uma análise segura por parte do setor ambiental, somada à indisposição em discutir uma proposta de desenvolvimento sustentável para as obras de infraestrutura localizadas na Amazônia, à percepção de que o governo não faz o suficiente para melhorar a eficiência energética do sistema (não só na geração) e para desenvolver as energias alternativas, acaba por produzir conflitos agudos e processos equivocados, que poderiam ser evitados.

Apesar dos discursos em contrário, ainda estamos operando no padrão antigo, que considera o meio ambiente como entrave ao desenvolvimento. Temos ainda um longo dever de casa a ser feito para ingressarmos definitivamente no século 21. Quem pensa que a história relatada no filme Avatar só pode ocorrer em outro planeta, engana-se: Pandora também pode ser aqui. (Envolverde)

* Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente.

Leões-marinhos de Galápagos migram pela 1ª vez para águas do Peru

Uma colônia de leões-marinhos endêmica nas ilhas de Galápagos viajou 1,5 mil quilômetros para a costa peruana devido à mudança de temperatura das águas, de acordo com uma organização daquele país que monitora mamíferos marinhos.

A Organização para Pesquisa e Conservação de Animais Aquáticos afirmou que a mudança na temperatura foi causada pela mudança climática, As ilhas Galápagos ficam a 600 quilômetros da costa do Equador.

Segundo especialistas, esta é a primeira vez que os leões-marinhos de Galápagos estabelecem uma colônia fora das ilhas.

A organização afirma que a temperatura da água em Piura, na costa norte do Peru, aumentou de 17 graus centígrados para 23 graus nos últimos dez anos.

Esta temperatura é muito mais próxima da temperatura do mar em volta das ilhas Galápagos, cuja média gira em torno dos 25 graus centígrados.

Agora que as condições do mar na costa norte do Peru são tão parecidas com as das ilhas Galápagos, de acordo com a organização, mais leões-marinhos e outras espécies poderão começar a migrar para aquela área.

Como muitas espécies nativas das ilhas, os leões-marinhos são únicos, pertencentes àquela região.

Desde que o naturalista britânico Charles Darwin visitou as ilhas pela primeira vez há mais de 150 anos, as ilhas Galápagos são conhecidas como um museu vivo da evolução das espécies.

Agora, devido ao aquecimento global, o ecossistema das ilhas poderá sofrer mudança sem precedentes em sua história. (da bbc uk)

Como baixar vídeos do YouTube do jeito fácil

Quer copiar um vídeo do YouTube para o seu HD sem precisar de nenhum programinha extra? Já precisou extrair apenas o áudio de um filme do site e não sabia como fazer? Então veja como é possível fazer isso usando apenas o seu browser.

Às vezes, com motivos até aparentes, vídeos são sumariamente deletados do YouTube e você pode nunca mais vê-los. Isso, a menos que você faça backup deles e guarde o conteúdo no aconchego do seu disco rígido. Para tanto, existem pencas de programinhas como o YouTube Downloader, o VDownloader e o DeskTube.

Mas, dá para fazer a coisa de um jeito muito mais fácil. No próprio navegador, não importando qual deles, basta alterar a URL do vídeo que está em exibição. Se você apenas quiser baixar o arquivo para backup substitua o ‘Y’ do youtube.com por um número ‘3’. O que era http://www.youtube.com/watch?v=PS_cCBkP2Jo vira http://www.3outube.com/watch?v=PS_cCBkP2Jo.

Pronto, o browser vai ser redirecionado para uma página que pergunta se você quer baixar o vídeo em MP4 ou em Flash (FLV). Daí é só clicar e baixar. Simples assim.

Outra opção que funciona com essa mesma pegada é o KickYouTube. Experimente adicionar a palavra ‘kick’ na frente de ‘youtube’ na URL de qualquer vídeo. A página será recarregada com a adição de uma barra de ferramentas que traz opções para baixar o conteúdo em formato MP4, FLV, FLV de alta definição, 3GP (para celular), nas resoluções específicas do iPhone e do PSP e até em GIF animado!

Outro recurso útil do KickYouTube é capturar apenas o áudio do vídeo, salvando o conteúdo em MP3. Assim, você pode transformar o portal de vídeos em ferramenta para baixar música.(do infoabril).

As estradas mais perigosas do mundo

Acessório toca vinil no computador

Na era em que os computadores conseguem armazenar e baixar centenas de músicas em MP3, um designer resolveu apostar que os PCs podem ser usados para tocar os antigos discos de vinil.
O americano Charlie Pyott elaborou o Linos, uma espécie de “braço” mecânico que se conecta ao computador por USB e lê qualquer tipo de disco.

O acessório pode ser apoiado em qualquer superfície plana e o disco que será lido é colocado no centro do equipamento. O tamanho é ajustável, ou seja, serve para ler tanto os vinis quanto os ainda mais antigos “discos bolachão”.

O som lido pela agulha do aparelho é enviado direto para o computador – uma chance de digitalizar músicas que já não são mais encontradas facilmente.

O conceito ainda é apenas um protótipo e não está a venda.

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