domingo, 2 de agosto de 2009

Google refina busca por imagens

Usuários do Google.com já podem filtrar suas imagens com tamanhos perfeitos, cores específicas e tipos de desenho num único espaço. A companhia anunciou ontem (31), mais um upgrade nas buscas.
A inovação compreende um layout novo, em que basta um clique na parte esquerda superior para se abrir o leque de opções refinadas, como o novo recurso de medir o tamanho exato da imagem.
Na lista de dimensão das figuras buscadas, agora, em vez dos tradicionais filtros que iam de “Muito Grande” a “Pequena”, há seleções mais específicas, como “Ícone”, “Maior que...” e “Exatamente...”.

Um usuário pode, por exemplo, pela opção “Exatamente...” digitar a largura e a altura que procura em seu termo. Caso desejar um desenho de alta resolução, é possível selecionar pela barra “Maior que...” uma ilustração que seja maior que 2 megapixels, ou que ultrapasse até 70 megapixels.

Todos os recursos que já existiam, como busca por cores e diferenciação de estilo, estão agrupados na nova ala de refinamento.

No começo de julho, o Google também mudou seus filtros na busca avançada por imagens, facilitando o acesso a imagens livres de direitos autorais.

Acionado na “Pesquisa Avançada”, o novo modo de busca se divide em cinco opções: “não são filtrados por licença”, ”marcadas para reutilização”, ”marcadas para reutilização comercial”, “marcadas para reutilização com modificação” e “marcadas para reutilização comercial com modificação.

Com isso, o internauta pode ter a certeza que não usa imagens sem a permissão de seus proprietários, ocasionando em possíveis multas e retiradas do ar. (info)

Lixo, GO HOME - part VII

Os 41 contêineres contendo lixo tóxico vindos do exterior e que foram desembarcados no Porto de Santos vão ser repatriados para a Inglaterra até a próxima terça-feira (4).
A decisão é do juiz federal Antonio André Muniz Mascarenhas de Souza, da 6ª Vara da Justiça Federal de Santos, atendendo a um pedido de urgência do delegado federal que preside as investigações e que reclamou que o estado do material existente dentro dos contêineres piora a cada dia e aumenta o nível de contaminação do meio ambiente.
Em sua decisão, o juiz lembrou que o Brasil é signatário da Convenção de Basiléia, que considera criminoso o tráfico ilegal de resíduos perigosos e de outros resíduos.

“O juiz considerou que o retorno do lixo permitirá ao Estado britânico tomar as providências em relação à administração e destinação do material, bem como apuração e punição dos responsáveis no território inglês”, diz nota da Justiça Federal.

O lixo encontrado dentro desses contêineres foi catalogado pela Receita Federal, pela Polícia Federal e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e será objeto de investigação pela Polícia Federal.

O lixo tóxico deverá ser repatriado pelo navio MSC Oriane, de responsabilidade da empresa Mediterranean Shipping do Brasil, que atracou ontem (31) no Porto de Santos. (info)

Arqueólogos encontram 'tesouro budista' na Mongólia

..Relíquias budistas raras desaparecidas havia mais de 70 anos foram encontradas neste sábado no deserto de Gobi, no sul da Mongólia, por uma equipe de arqueólogos austríacos e mongóis.
Entre os artefatos encontrados estão estátuas, obras de arte, manuscritos e objetos pessoais de um importante mestre budista do século 19, Danzan Ravjaa.
O líder da expedição, o austríaco Michael Eisenriegler, disse à BBC que sua equipe já desenterrou duas caixas cheias com "os mais impressionantes objetos de arte budistas"... Continue lendo

A maravilhosa arte de rua em 3D

Edgar Müller é um artista de rua alemão que fez fama no mundo com suas pinturas de rua que utilizam a ilusão de ótica para dar um efeito 3D aos cenários fantásticos criados. O resultado final é espetacular. Leia mais

Animais que viram casacos

...Só na França são abatidos 70 milhões de coelhos por ano para esse fim. Mas a indústria dos casacos de luxo é alvo de críticas. Para as organizações de defesa dos animais, mais do que injustificada - há tecidos sintéticos e naturais que cumprem a função -, a atividade é extremamente cruel. O sofrimento já começaria na captura do bicho, que pena nas mãos dos caçadores - as focas, por exemplo, são mortas a pauladas na cabeça, para não danificar a pele. Mesmo quando criados em cativeiro, os animais viveriam em condições degradantes e padeceriam horrores na hora de extrair a pele.
Os produtores, por sua vez, contestam o que chamam de sensacionalismo das entidades. "No caso da chinchila, a morte ocorre pelo destroncamento de uma das vértebras cervicais. É um processo indolor, sem sangue ou sofrimento", diz Carlos Perez, presidente da Associação dos Criadores de Chinchila Lanífera (Achila). Para os defensores dos bichos, porém, a crueldade fica óbvia quando se leva em conta que, ao contrário do que rola com vacas e frangos - mortos para alimentar pessoas -, no caso da indústria da moda os animais são sacrificados apenas para alimentar a vaidade alheia...,
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Euclydes da Cunha, repórter ambiental

O pioneirismo do Brasil em reportagem ambiental acabou há 100 anos, a tiros, no subúrbio carioca da Piedade. Chamava-se Euclydes da Cunha, tinha 43 anos, era engenheiro de ferrovias e, autor consagrado, vivia de subempregos no serviço público. Deixou órfãos os escritores de sua geração que, à falta de um arraial de Canudos a uma distância confortável da Confeitaria Colombo, no velho centro do Rio de Janeiro, trataram de ambientar Os Sertões no morro da Providência. E perderam com isso o caminho das pedras. Foi assim, como filho postiço de Os Sertões, que nasceu no começo do século passado, junto com a favela, o mito da favela como trincheira dos desvalidos contra a opressão brutal da ordem pública, ensina a antropóloga Lícia Valladares. O livro mal passara da terceira de suas inumeráveis edições, que o levaram a correr mundo até em chinês ou sueco. E seus contemporâneos já tinham perdido, aqui mesmo, a trilha que ele desbravara em português para a descoberta do Brasil, como uma história da luta sem fim de um povo com seu território.
O Brasil da literatura e do jornalismo estava bem à mão, na capital da República. E o outro ficava longe. E, por conforto, nem o mais devoto dos imitadores seguiu a fórmula que Euclydes da Cunha deixara pronta, um manual completo e até hoje insuperado não só de jornalismo, como de jornalismo ambiental e investigativo. Como tal, Os Sertões deveria constar do currículo obrigatório de todo curso de comunicação. Ensinaria aos brasileiros, antes de mais nada, que jornalismo ambiental não é, como parece, aquilo que se publica uma vez por semana sobre o estado do planeta, geralmente como um um cantinho do meio ambiente na seção de ciência. Euclydes da Cunha que jornalismo ambiental praticava jornalismo ambiental até no campo de batalha, por nunca perder de vista que mesmo num lugar como Canudos, “esquecido por 400 anos”, os sinais históricos de conflito entre a civilização brasileira e a natureza.

A primeira notícia do combate, no livro, descreve a luta póstuma de um soldado mumificado, “sem um verme”, com a “secura extrema”. Vitória do clima, visível no “sol poente desatado”. Mas de um clima produzido em grande parte parte por “um agente geológico notável – o homem”. Ele foi antes de tudo um jornalista, pelo menos nos termos que definiam em sua época o exercício da profissão. Foi ao sertão da Bahia como correspondente de guerra do jornal O Estado de S. Paulo. Levou do Rio de Janeiro a versão pré-fabricada de que por trás do beato Antonio Conselheiro havia uma conspiração republicana, apoiada por monarquias européias. Mudou de opinião diante dos fatos.

Passou mais tempo atracado no porto de Salvador do que na área do conflito. Mas viu tudo, apurando sua história como manda o figurino dos repórteres que não precisam fazer de conta que são isentos para ser exatos – “sem dar crédito às primeiras testemunhas que encontrei, nem às minhas próprias intenções”. Entre a pressa e a pressão, o binário universal da leviandade jornalística, passou cinco anos depurando suas anotações do front no filtro das teorias científicas, trabalhando na maior parte do tempo como supervisor de obra no interior de São Paulo. Fez a maior reportagem já escrita no Brasil, que pode ser antiquada no estilo – “a prosa hirsuta, gradiosa e solene”, piedosamente criticada pelo sociólogo Gilberto Freyre entre elogios incondicionais, – mas está mais viva do que nunca como modelo jornalístico, porque até hoje não fez escola. (oeco)

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