terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Banco de dados científicos da Royal Society de Londres

A famosa teoria da luz explicada pelo próprio Isaac Newton (foto) e um estudo do século XVIII sobre o menino prodígio Mozart são alguns dos trabalhos que a Royal Society de Londres coloca à disposição dos internautas a partir desta segunda-feira em sua nova página Trailblazing.

Lançado por ocasião do início das celebrações dos 350 anos da instituição, o site de cronologia interativa Trailblazing, dará acesso a uma seleção dos artigos científicos mais influentes, edificantes ou intrigantes entre os quase 60 mil editados na publicação Philosophical Transactions.

Os 60 trabalhos escolhidos cobrem praticamente todas as disciplinas científicas e abrangem da horripilante descrição de uma transfusão sanguínea entre dois cachorros em 1666 até as recentes propostas da geoengenharia para lutar contra a mudança climática, passando pela explicação da descoberta da estrutura do DNA em 1954.

Em 1672, Isaac Newton, jovem professor de matemática da Universidade de Cambridge, enviou uma carta - ilustrada com vários desenhos - à Royal Society para expor sua nova teoria da luz e das cores, que demonstrou pela primeira vez que a luz solar é composta por todas as cores do espectro.

Além de lançar sua carreira científica, que culminou com a descoberta da lei da gravitação universal, esta revelação o levou a aperfeiçoar o telescópio refletor utilizando espelhos para evitar a aberração cromática.

Mais lúdicas são as conclusões do cético que submeteu o pequeno Wolfgang Amadeus Mozart a uma série de complicados testes musicais para comprovar se era realmente o gênio que todos anunciavam durante uma de suas primeiras viagens a Londres, em 1764. Ao final da experiência, Daines Barrington ficou convencido e escreveu que seu dom musical era incrível.

Mas o Trailblazing não é apenas para os aficionados da história, pois também apresenta trabalhos sobre questões são muito atuais, como os precursores das vacinas para combater pandemias a partir de 1755 ou as polêmicas propostas feitas em 2008 por James Lovelock para redesenhar o mundo mediante a geoengenharia e assim paliar os efeitos da mudança climática. (france press)

Reconstruindo virtualmente New York

Manhattan, a famosa ilha que é o coração de Nova York, deriva da denominação indígena Mannahatta. E esse também é o nome do projeto de Eric Sanderson, um ecólogo californiano que se radicou em Nova York, quando foi trabalhar na Wildlife Conservation Society. Sanderson sonhou reconstruir virtualmente a natureza da ilha como era há quatrocentos anos, época em que foi alcançada pelo navegador Henry Hudson, da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, que explorou a região e precedeu a ocupação holandesa. Para realizar tal feito, a equipe do projeto usou desde recursos históricos, como um enorme e detalhado mapa feito pelos ingleses no período da independência americana, até a mais moderna tecnologia de criação digital de imagens. O resultado foi a visão virtual da ilha intocada e de suas camadas mostrando, entre outros, os tipos de solo, os ecossistemas e a ocupação dos antigos nativos. Por fim, é possível comparar a metrópole atual, quarteirão por quarteirão, com a sua contrapartida de quatro séculos. Ao contrário do que o olho hoje nos conta, ao invés do concreto e das luzes, a natureza local continha 55 ecossistemas diferentes, mais do que os parques nacionais de Yellowstone e Yosemite.

Na sua apresentação no TED Talks, Sanderson defende que as duas versões de Manhattan, a ainda quase intocada e a dos arranha-céus são fantásticas. Ambas resultado de teias invisíveis que possibilitam a existência seja do original ou do sofisticado ambiente urbano que se tornou. Sua provocação é imaginar o que a ilha pode vir a ser nos próximos 400 anos. E aí ele vê uma fusão da cidade com os recursos naturais que ela soterrou, tentando misturar o melhor dos dois mundos.

Apesar de ser o mais rico e conhecido, Manhattan é apenas um dos cinco boroughs (distritos administrativos) de Nova York, sendo os outros Queens, Bronx, Brooklyn e Staten Island. Nesses últimos, conta Sanderson, se as pessoas vivessem com a mesma densidade de Manhattan apenas 36% da área atual seria ocupada, liberando o resto para voltar ao seu habitat repleto de florestas,campos, lagos e riachos, onde a vizinhança era tão variada quanto os tipos humanos que hoje vivem por lá e a tornam tão interessante. (oeco)

Calor faz vender mais cerveja

O calor pode incomodar muita gente, mas não a indústria nacional de cervejas. Depois de registrar o outubro mais quente desde a década de 60 em várias regiões do país (segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia), as vendas de cerveja naquele mês tiveram alta de 12% em volume e 18% em faturamento, segundo a Nielsen. Tal elevação, segundo o instituto de pesquisas de mercado, não ocorria em um mês de outubro há pelo menos cinco anos.

No acumulado dos dez primeiros meses de 2009, a indústria cervejeira vendeu 6,298 bilhões de litros, com faturamento de R$ 25,587 bilhões. Só em outubro, as vendas somaram 645 milhões litros. Foram 575 milhões em igual período do ano passado. O faturamento, na mesma comparação, subiu de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,6 bilhões. Nas áreas pesquisadas pela Nielsen, a Grande São Paulo foi a que teve maior aumento de consumo em volume: 32% no mês.

"Temos a fórmula que mais faz vender cerveja: calor e dinheiro no bolso do consumidor", diz Adalberto Viviani, consultor especializado em bebidas.

"Em função de uma melhora substancial na temperatura média e da proximidade das festas de fim de ano, o mês de novembro deverá ser ainda melhor para a indústria", prevê Paulo Macedo, diretor de relações externas da Femsa Mercosul, fabricante da Kaiser e da Heineken no Brasil. (valor econômico)

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