segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Folha de São Paulo digital

O jornal Folha de S. Paulo estreou sua edição digitalizada do jornal impresso. A nova versão tenta ser igual à offline; com imagens, infográficos e hierarquização de notícias.

Desenvolvida em Digital Pages, a versão digital é voltada apenas para os assinantes do jornal, porém, todo o conteúdo ficará aberto durante os primeiros trinta dias. Para ler, por enquanto, não é necessário preencher nada; basta entrar no site e navegar.

Ao primeiro olhar, o que é inovador nesta forma de consumir notícia é o sistema de buscas. Se o leitor quer encontrar determinada reportagem, em vez de ter que procurar no caderno correspondente, consegue achá-la de maneira mais fácil pela lista que se abre a partir do ícone de pesquisa.
Outros destaques ficam para a marcação das matérias e a possibilidade de enviar a notícia a amigos. A navegação também é simples, por vezes rápida, o que facilita para apenas "passar o olho" pelas páginas do jornal.
Segundo a Folha, o lançamento é uma forma de ampliar o público-alvo, expandindo o seu alcance para todo o Brasil e até mesmo para quem mora fora do país. (info)

O cerrado brasileiro

O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, ocupa 24% do território nacional e se espalha por doze estados. Com suas árvores retorcidas, campinas e rios caudalosos, é a savana mais biodiversa do planeta.

O dia 11 de setembro foi escolhido pelo governo brasileiro para celebrar o bioma. Razões para comemorar, no entanto, são sombreadas pelos dados recentes que mostram 48,2% do Cerrado já desmatados. E apesar das pressões históricas que sofre, parques nacionais e outras unidades de conservação protegem apenas 7,5% do verde remanescente.

Neste ensaio, estão reunidas fotos captadas em anos de viagens, reportagens e passeios pelo Cerrado. Parte foi feita em áreas próximas a Brasília. Outras, centenas de quilômetros adentrando o Cerrado. A construção da Capital Federal, a partir dos anos 1950, foi um grande indutor da destruição da savana. Mas como se vê, nela ainda sobrevivem a riqueza e a beleza da fauna, da flora, dos rios e montanhas. Veja aqui, uma maravilhosa seleção de imagens do cerrado brasileiro. (oeco)

A pesca com o Cormorão na China

Uma das mais belas paisagens chinesas fica na província do Guangxi, nos arredores da cidade de Guilin, situada a 35 horas de trem de Shanghai e 1h40 de avião. Partindo de Guilin, os passeios de barco oferecem um espetáculo magnífico ao longo das montanhas, verdadeiros « pães de açúcar » às margens do rio Li.

À noite, a principal atração é um espetáculo de pesca com o cormorão. Num barco feito de bambú e equipado de uma lanterna, o pescador não precisa de anzol, substituindo-o pelo cormorão.

Na realidade, é o cormorão, hábil pescador, quem retira fácilmente os peixes da água. Para isso, o pescador amarra um fio de palha no pescoço da ave jogando-a em seguida na água para ir em busca dos peixes. De pescoço amarrado, e já de barriga cheia, o cormorão aceita resignado. Como sua garganta está amarrada, ele não consegue engolir os peixes que pesca, e uma vez de volta ao barco, resta ao pescador o trabalho de « pescar » na goela da ave.

Com a chegada das redes de pesca, a competição tornou-se difícil o que levou os pescadores que pescam com o cormorão a encontrarem um jeito moderno de ganhar a vida. Foram à cata de turistas para mostrarem este modo de pesca ancestral. Cobram R$0,40 para tirar uma foto com o turista enquanto que ganham apenas R$2,00 por quilo de peixe pescado. Veja as fotos neste blog, na coluna ao lado, e assista aqui o vídeo da pesca com o cormorão - Da correspondente do blog em Montpellier, nas suas narrativas de viagens por ter morado 10 anos na China.

O projeto Gênesis: entrevista com Sebastião Salgado

...Sebastião Salgado tem o mundo impresso na memória. E pode comprovar isso. Aos 65 anos de idade, 36 deles dedicados à fotografia, cruzou o planeta em todas as direções, inclusive emburacando-se pelos lugares mais recônditos, para compor este que já é certamente um dos maiores acervos autorais de imagens de que se tem notícia. Mas Sebastião Salgado, pasmem, garante na entrevista a seguir que está ficando velho. E que um dia pode parar de fotografar. A previsão surpreende na voz que ainda se exalta, e se transporta, ao explicar as andanças pelo mundo em busca de rostos, gestos, corpos, lugares. "Para fazer fotografia documental é preciso ter sempre a ‘vontade de ir’. E eu tenho."

Em 2004, este mineiro de Aimorés, famoso no mundo inteiro pelo que vê e dispara de sua Leica (depois pôs-se a fazer o mesmo da Pentax e agora da Canon) anunciou que passaria oito anos fotografando lugares prístinos, ou seja, paraísos terrestres habitados por agrupamentos humanos cujos laços com a natureza são ainda primordiais. E que o projeto receberia o batismo bíblico de Gênesis. Pois a empreitada vai chegando ao fim. Prestes a embarcar em um navio para a Geórgia do Sul, contornando as Malvinas, Sebastião Salgado - Tião para os próximos - está quase no fim da série de 32 reportagens fotográficas por cinco continentes, numa geografia estranha aos roteiros turísticos convencionais. Longe disso: o economista que se bandeou para a fotografia aos 29 anos, hoje admite escalar a antropologia visual...
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