sábado, 5 de setembro de 2009

Angkor, uma destinação fascinante do sudeste asiático

No século X, Angkor converteu-se no coração do Império Khmer que conheceu seu auge graças a sua expansão nos séculos XIe XIII aos territórios que são atualmente o Vietnã, a Tailândia, e o Laos. Angkor, abandonada há mais de 500 anos, ressuscitou graças ao jovem naturalista francês Henri Mouhot que, em 1858 deparou-se com esta cidade perdida no meio da selva onde estavam escondidos inúmeros templos construidos entre o século IX e XIII época em que os Khmers consolidaram um império capaz de dominar a maior parte da Indochina. Mouhot escreveu um relato impressionante sobre estas ruínas, consideradas como as mais mágicas e românticas da Ásia. Resgatada das "entranhas" da floresta tropical que a engoliu, Angkor nos fascina e nos surpreende com suas alamedas milenares. O ponto de partida para se visitar as ruinas de Angkor é a cidade de Siem Rep.

Da fase apogeu da civilização Khmer, não existe nenhum registro escrito, tudo foi destruido, restando apenas o documento remarquavel do chinês Zhou Dagoun, que foi enviado ao império Khmer no século XII. Zhou Dagoun, relatou Angkor no seu zênite - uma fértil metrópole de deslumbrantes riquezas, poderosos príncipes e costumes exóticos. A antiga capital Khmer era imensa e o império tinha como estrutura uma base social bem definida, com o poder centralizado nas mãos de homens poderosos, verdadeiras divindades. Sem outros registros escritos, o passado desta grande civilização Khmer é estudado, pesquisado e interpretado graças as magníficas esculturas decorativas presentes nas paredes dos templos angkorianos. Esta herança sagrada, artística e cultural mostra imagens talhadas por artesãos-escravos que permitem assim de reconstituir a história da civilização Khmer. A beleza e a delicadeza das esculturas dos templos representam entre outros as misteriosas faces de pedra dos guardas eternos dos santuários idealizados pelos grandes imperadores Jayavarman, fundador do império Khmer e Suryavarman, os deuses Shiva e Vushnu e a poderosa deusa Devi. Porém, a maior parte dos reis do Império Khmer era devota de Shiva, senhor da criação. Por outro lado, pode-se também admirar nas paredes dos templos cenas de combate entre os Khmers e os Chans, seus grandes rivais, cenas da vida quotidiana, banquetes, jogos... e a beleza das dançarinas celestiais chamadas "apsaras". A arquitetura sagrada deste império baseia-se na convicção de que há uma relação mágica entre o homem e o universo, o microcosmos e o macrocosmos. Na visão dos Khmers, o ser humano está constantemente sob influências de forças cósmicas e o seu bem-estar depende da vivência em harmonia com essas forças.

A lógica cruel da Guerra Fria transformou o Camboja num verdadeiro campo de batalha. A imposição de governos fantoches e a existência de guerrilhas patrocinadas pelas grandes potências resultou na instalação de um regime de terror em 1975, representado pelo Khmer Rouge e pelo seu líder Pol Pot. Mais de 2 milhões de cambojanos foram mortos pelos carniceiros maoístas do Khmer Rouge. A elite cultural e educada do país foi aniquilada sob a acusação de ser "agente dos capitalistas".

Apesar das dificuldades, o Camboja tenta se reconstruir e aposta na grandeza do seu patrimônio histórico, uma das grandes realizações da humanidade. Equipes de arqueólogos internacionais, franceses, italianos, chineses, espanhóis… estão arrancando os monumentos da floresta invasora e, num trabalho minucioso, um verdadeiro quebra-cabeca, restaurando o passado ancestral e glorioso de Angkor. Alguns templos, como TA PROHM permanece invadido pela floresta tropical para que o visitante tenha uma idéia do estado em que foram descobertos.

O passado de Angkor continua ressuscitando graças ao incentivo concedido à restauração das ruinas do império Khmer, que hoje são visitadas, por um milhão de turistas cada ano. O desenvolvimento turístico impressiona e é gerador de empregos num país onde o salário mínimo gira em torno de 30 US$ e onde as condições de vida são extremamente precárias com vilarejos sem eletricidade e habitações palafitas bastante rudimentares.

Aos turistas que visitam o Camboja, desaconselha-se o turismo sem guias, e sobretudo a visita de sítios arqueológicos afastados em razão da grande quantidade de minas terrestres espalhadas pelos campos e florestas. Volta e meia nos deparamos com crianças e adultos presos a cadeiras-de-roda em razão de terem tido seus membros dilacerados por explosivos. Da correspondente do blog em Montpellier.

* veja , aquiaqui, vídeos sobre o templo de Angkor (em inglês) e, conheça o museu de Phnom Penh.

Cheiro de sucesso

...Perde-se no tempo a relação do homem com as ervas aro-máticas. Desde as épocas mais remotas, elas se transformavam em alimentos, afugentavam os animais (as de cheiro ruim) ou eram usadas como proteção. Mas foram os egípcios que as colocaram na culinária - os conhecidos tomilho, anis, coentro, cominho, alho e cebola. Hoje, 900 espécies comestíveis são cultivadas nos quatro cantos do mundo e outras 2.100 são coletadas na natureza. O mercado de produtos gastronômicos - alimentos, utensílios, vestimentas, publicações, tudo, enfim, ligado ao setor - movimenta bilhões de dólares e se expande rapidamente..., continue lendo

Imagens de Marte em alta definição

Mais de mil novas imagens em alta definição divulgadas hoje mostram facetas de Marte nunca antes observadas.

As fotos foram feitas em cerca de 1500 observações dos telescópios da Mars Reconnaissance Orbiter, nave controlada pela NASA que orbita o planeta vermelho desde 2006.

Dunas, crateras, camadas geológicas e outras formações foram capturadas pela câmera do experimento High Resolution Imaging Science (HiRISE) que, à bordo da nave, registrou as imagens entre Abril e Agosto de 2009.


Na série recém divulgada, cada imagem cobre uma faixa de seis quilômetros de solo marciano de largura e de duas a quatro vezes esse tamanho no comprimento. A resolução permite observar detalhes de até um metro.


A equipe da Universidade do Arizona, em Tucson, nos Estados Unidos, é a responsável pelo HiRISE e, periodicamente, divulga as incríveis fotos em seu site.
Para ver mais, acesse a página do HiRISE e clique na imagem para ter acesso à versão inteira (info).

Tecnologia verde

Mais uma vitória da tecnologia. Os e-readers poluem bem menos os livros de papel.
É o que consta no estudo The environmen tal impact of Amazon's Kindle, organizado pela Cleantech. De acordo com Emma Ritch, a coordenadora da pesquisa, não é apenas comprar um e-reader que ajuda o meio ambiente. Mas sim, o fato que leitores digitais substituem a compra de, em média, 22,5 livros.
De acordo com a Cleantech, em 2008, a indústria editorial americana foi responsável pela derrubada de 125 milhões de árvores, além de toda água desperdiçada durante o processo da fabricação de papel e da impressão.
Ainda segundo o estudo, os livros impressos tem a maior pegada de carbono na indústria editorial. A chamada pegada de carbono representa toda a quantidade de CO2 que foi emitida em todo o processo de industrialização do livro e dos componentes dele, como a tinta e o papel.
Além disso, é levado em conta o uso de combustíveis fósseis nos carros e caminhões que fazem o transporte do livro e dos seus componentes. De todos os livros entregues, entre 25% e 36% voltam para o fabricante, gastando ainda mais combustíveis fósseis. Depois disso há três caminhos que podem ser seguidos pelo editor: queimá-los, jogá-los no lixo ou reciclá-los.
Segundo os resultados do estudo, comprar três livros digitais por mês durante quatro anos produziria 168 kg de gás carbônico, comparado a 1 074 kg de CO2 gerados pela compra do mesmo número de livros impressos durante o mesmo período. Para a Cleantech, a adoção de e-readers poderia evitar a emissão de 9 bilhões de quilos de CO2 até 2012.
Isto não significa, no entanto, que o e-readers não causam impacto ambiental. Como todos os produtos eletrônicos, os leitores digitais contém materiais tóxicos e, se não forem descartados da maneira correta, podem causar grandes problemas ao meio ambiente.
Para os ambientalistas, existe uma maneira ainda mais prática, econômica e sustentável para manter a leitura em dia: as bibliotecas públicas. (info)

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