quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Com a crise financeira, o mundo ficou mais pobre

A crise financeira e econômica dos últimos 18 meses transformou o mapa dos povos mais ricos, com a Europa ultrapassando a América do Norte como a região mais rica do mundo, de acordo com relatório do The Boston Consulting Group (BCG).

A riqueza global, segundo informou terça-feira (15) o BCG, teve uma redução de 11,7%, para US$ 92,4 trilhões em 2008. Esse foi o primeiro declínio desde 2001.


O BCG acredita que é improvável que a riqueza volte aos níveis precedentes a 2007 por quatro anos. A América do Norte assistiu à maior redução na riqueza, com queda de 21,8% no ano passado. A maior parte da queda ocorreu por causa do volume de recursos que os norte-americanos tinham aplicado em ações.

A América Latina foi a única região do mundo onde a riqueza cresceu, em 3%. A riqueza total na Europa caiu 5,8%, para US$ 32,7 trilhões no ano passado. Na América do Norte, a riqueza foi estimada em US$ 29,3 trilhões, após o declínio de 21,8%.

De acordo com o estudo, o número de famílias milionárias no mundo inteiro caiu 17,8%, para nove milhões no ano passado. Mas a crise também estreitou a distância entre os ricos e os não ricos, com a riqueza sob poder de famílias com menos de US$ 100 mil em ativos crescendo 2% no ano passado, mas decaindo em todos os outros segmentos.

As famílias com mais de US$ 5 milhões viram sua riqueza cair em 21,5%. "A riqueza começará a ter uma lenta recuperação em 2010, mas talvez não atinja seu nível pré-crise até 2013", disse Peter Damisch, coautor do estudo. "Nós esperamos que a riqueza cresça a uma média anual de 4% entre o final de 2008 e 2013". (américaeconomia)

Gordura ingerida vai direto para o cérebro

Hamburguer, sorvete, pizza e outros alimentos gordurosos não vão direto para a sua barriga - ou, pelo menos, não têm um efeito negativo só na aparência dela.

Certos tipo de gordura atuam diretamente no cérebro, impedindo que a sensação de saciedade chegue às células do corpo e fazendo você comer mais do que deveria. Ou seja: alguns alimentos não só engordam, como também fazem com que você coma mais do que deveria.

Essa foi a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores do SouthWestern Medical Center, da Universidade do Texas. Segundo as análises da Dra. Deborah Clegg e sua equipe, a gordura de certos alimentos faz com que o cérebro envie uma mensagem para que as células ignorem os sinais de saciedade.


Em uma situação normal, o corpo é programado para dizer quando estamos satisfeitos, e os hormônios leptina e insulina seriam responsáveis por dar este aviso - mas isso nem sempre acontece quando estamos comendo uma coisa gostosa...

O fato de que dietas altamente ricas em gordura causam resistência a esses hormônios é um fato já conhecido da medicina, porém pouco se sabia a respeito do mecanismo que disparava essa resistência, ou quais tipos de gordura podem causá-la.

Logo no início de sua pesquisa, a equipe da Dra Clegg suspeitou que o cérebro estivesse envolvido no processo, pois é um órgão capa de absorver tanto gorduras saturadas como insaturadas. Para comprovar a tese, os pesquisadores expuseram roedores a variados tipos de gordura de diferentes maneiras: injetando diretamente no cérebro, colocando na artéria carótida ou alimentando os animais por um tubo estomacal três vezes ao dia.

Os resultados mostraram que a química do cérebro pode mudar em um curto período de tempo, fazendo o corpo ignorar o sinal de supressão do apetite. A descoberta sugere que, quando se come algo altamente gorduroso, seu cérebro é atingido com os ácidos graxos e você se torna resistente à insulina e à leptina. Como o cérebro não manda você parar de comer, você continua se alimentando.

Nos animais, o efeito durou cerca de três dias e foi catalisado principalmente por um tipo de ácido graxo que se mostrou bastante eficiente em enganar nosso mecanismo de controle de peso: o ácido palmítico, presente na carne vermelha, leite e derivados.


Um fato bastante relevante do estudo publicado no The Journal of Clinical Investigation é a constatação de que o mecanismo é disparado no cérebro, muito antes que qualquer sinal de obesidade seja visto no corpo. O próximo passo da equipe de pesquisa é tentar determinar quanto tempo é necessário para reverter os efeitos da exposição do cérebro à gordura. (info)

O azeite português

Portugal é banhado pelo Oceano Atlântico, porém, assim como ocorre com os dinamarqueses - que não se localizam na península, mas que ainda assim possuem características escandinavas -, a alma portuguesa é puramente mediterrânea; por suas características climáticas e culturais, e que os levaram a produzir a uva e a oliva.

A história do azeite luso tem seu início - mais provavelmente - na Era do Bronze, passando pelos tempos romanos e proliferado no período da invasão moura, possuindo uma olivicultura muito tradicional até os dias de hoje.

As olivas eram extensivamente plantadas no sul do país e sua produção veio crescendo, ou pelo menos se mantendo estável, até por volta de 1950 - período em que ocorreu o êxodo rural, declinando- se tanto a produção como o seu consumo, que foi substituído por outros óleos vegetais, cujos valores eram muito inferiores.

Tal situação só foi alterada na década de 80, com a adesão do país à União Europeia - justamente quando a olivicultura do país foi incentivada.

Galega
Cerca de quatro quintos das oliveiras encontradas em Portugal são do cultivar galega, originária do norte do Alentejo, dona de um aroma frutado e suave, com sabor herbáceo, de frutas verdes, e com notas amendoadas.
O problema desta espécie é que seu óleo deteriora com rapidez. Apesar disso, foi esta variedade que mais influenciou o gosto do mercado interno de Portugal, que - apesar de possuir grande e premiados azeites - ainda segue a tradição, preferindo azeites com acidez elevada.
As regiões produtoras portuguesas estão localizadas em sua metade oriental, correndo o país de norte a sul, encostadas em sua vizinha Espanha. A única exceção é a região do Ribatejo, que é banhada pelo Oceano Atlântico.

Trás-os-Montes
A região de Trás-os-Montes, atravessada pelo rio Douro, chega a representar 35% da produção nacional. O óleo de sua Denominação de Origem Protegida, que é homônima, possui coloração dourada, aroma e sabor frutado, com notas amendoadas, além de certo amargor e picância. Seus principais cultivares são a Verdeal, Transmontana, Madural, Cobrançosa e Cordovil.

Guarda e Castelo Branco
O cultivar dominante desta região é Galega; seu óleo é amarelo dourado, sabor frutado e, em geral, com notas picantes e amargas. Existem duas DOPs nesta região: Beira Baixa e Beira Alta. As duas, contudo, ainda passam por um processo de modernização, sendo o óleo produzido em maior escala na Beira Alta.

Ribatejo
Ribatejo já foi um dia a região que liderava a produção de azeite. Santarém, cidade que nela se situa, é conhecida por seu óleo de oliva desde o século XIII. Hoje, em contrapartida, a zona é responsável por não mais que 5,5% da produção nacional.
O cultivar dominante é também a Galega, sendo a única oliva permitida no óleo Azeite do Ribatejo DOP. Esta denominação de origem é ainda pouco desenvolvida e possui poucos produtores registrados.

Alentejo
Situada no sudeste de Portugal, fazendo fronteira com a região de Estremadura, na Espanha. Nela existem três Dops: Azeite do Norte Alentejano, Azeite do Alentejo Interior e Azeite de Moura. O primeiro possui um óleo leve e frutado, sendo os cultivares estipulados: Galega, Blanqueta e Cobrançosa.
O segundo é ainda pouco desenvolvido, em que o óleo deve ser elaborado com, no mínimo, 60% da oliva Galega. E por fim, o terceiro e último, Moura DOP, possui um óleo esverdeado, frutado, sendo amargo quando jovem. É elaborado a partir dos cultivares Galega, Cordovil e Verdeal.

Portugal no Brasil
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 2004 e 2008, Portugal passou de 11.118 para cerca de 22 mil toneladas de azeite exportado para o Brasil. Isso significa que 67,3% das exportações de azeite português foram realizadas para cá, gerando receita de 87,4 milhões de euros. (adega)

Turismo astronômico

...São 300 dias em média de céu limpo, sem nuvens, por ano. As noites no norte do Chile, na região de La Serena (a 475 km de Santiago, na costa do Pacífico), são atrações turísticas garantidas. Para explorar esse recurso natural, proveniente de características meteorológicas únicas no mundo, várias prefeituras do país de Pablo Neruda, e também o setor privado, estão focando recursos no turismo astronômico.

Há décadas, as montanhas no sopé dos Andes recebem pelos menos uma dezena dos grandes telescópios profissionais do mundo, como o brasileiro Soar, instalado a quase duas horas da cidade de La Serena, a maior da região. Recentemente, entretanto, começaram a proliferar os observatórios amadores ou turísticos, num raio de até 180 quilômetros da cidade, ideais para que qualquer pessoa, em uma noite, se apaixone pelas estrelas e pelos planetas. E, ao ano, milhares de turistas locais e estrangeiros têm escolhido exatamente essa opção de lazer: a de simplesmente olhar para cima..., continue lendo
* do colaborador André Barroso

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