sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Do outro do lado do rio tem a calha norte

...A noite na Amazônia é submersa em sons misteriosos. Há grunhidos ritmados de insetos, como a percussão de grilos, e uma orquestra melódica de rãs, sapos e pererecas que coaxa insistentemente atrás de sexo. Os machos, excitados depois do longo período de seca, competem em serenatas para atrair parceiras logo após as primeiras chuvas de inverno..., continue lendo

Gatorade da natureza

Depois das sandálias Havaianas, da depilação "brazilian wax" e dos rodízios de churrasco, chegou a vez de a água de coco brasileira conquistar os Estados Unidos. Vendida como o "gatorade da natureza", por suas propriedades de hidratação e por não ter gordura, a água de coco saiu dos nichos de supermercados de produtos naturais e já pode ser encontrada em todo lugar.
As vendas de água de coco nos EUA dobraram este ano, chegando a US$ 20 milhões no acumulado até 12 de julho, segundo a Beverage Marketing Corp, comparado com o mesmo período no ano passado.

O mineiro Rodrigo Veloso, de 30 anos, está rindo sozinho. Há cinco anos, ele criou a O.N.E., como um plano de negócios em um dos cursos de empreendedorismo no MBA da Fundação Getúlio Vargas. Com o plano, ele ganhou o prêmio da FGV e resolveu investir na ideia. Vendeu seu apartamento em São Paulo, seu carro Peugeot, arrecadou dinheiro com familiares e pais de amigos e se mandou para os Estados Unidos.
No país, conseguiu convencer mais um investidor do sul da Califórnia e, com os US$ 500 mil arrecadados, começou a O.N.E. Hoje, ele vende sua água de coco em cerca de 40 mil supermercados nos EUA e deve encerrar o ano com 5 milhões de caixinhas vendidas (mais de 2 milhões de litros). O faturamento da O.N.E. foi de US$ 10 milhões em 2008, e deve dobrar este ano. Ele também vende suco de açaí, de caju e de café. (oesp)

Novidades automotivas "verdes"

Ford lança processo de pintura sustentável: a Ford Motor Company lança tecnologia de pintura sustentável que produz menos poluentes e emissões de CO2, em fábricas mundiais como Índia, Romênia, México e China.
A tecnologia de pintura 3-Wet, desenvolvida pela Ford e seus fornecedores, elimina várias etapas do processo, eliminando de 20 a 25% o tempo do processo de pintura e permitindo que três camadas de tinta sejam aplicadas em sequencia uma da outra, enquanto ainda molhado.
A nova técnica reduz as emissões de CO2 em 6.000 toneladas métricas por ano, em comparação com sistemas de uso de água e 8.000 toneladas métricas, em comparação com uso de solventes convencionais.

Pneus feitos de óleo de laranja: o pneu Super E-spec, da Yokohama, é feito em parte de óleos extraídos de cascas de laranja, sendo composto por 80% de materiais não-fósseis e melhorou resistência de rolamento, o que significa que são mais eficientes em termos de combustível
O novo pneu combina óleo de cascas de laranja com borracha natural e uma melhora o poder de tração do veículo, disse Mark Chung, diretor de estratégia corporativa e planejamento da Yokohama.


Etanol E85 emite menos GEEs: Os veículos alimentados pelo etanol E85 apresentam as mais baixas emissões de Gases do Efeito Estufa em todo seu ciclo de vida, quando considerados todos os materiais, trens de força e fontes energéticas, de acordo com uma pesquisa da WorldAutoSteel.
O grupo lançou recentemente a segunda iteração do seu modelo de avaliação do ciclo de vida para vários tipos de veículos. O novo modelo contabiliza as mais amplas avaliações de materiais, trens de força, combustíveis e a energia total consumida pelos veículos. As informações devem ajudar proprietários da frota a determinar o impacto global durante a escolha do seu veículo, levando em conta GEEs. (management)
O modelo pode ser baixado aqui.

Mais quente do que deveria estar

As temperaturas recentes verificada no Ártico são as mais elevadas em pelo menos 2 mil anos, aponta uma nova pesquisa. O trabalho, que reuniu registros geológicos e simulações feitas em computador, aponta que a região setentrional do planeta deveria estar esfriando – e não esquentando –, se não fosse a ação das emissões de gases estufa, que deturpam os padrões climáticos naturais.

O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade do Norte do Arizona e do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, foi publicado na edição desta sexta-feira (4/9) da revista Science.

Os pesquisadores reconstruíram temperaturas nos verões no Ártico nos últimos 2 mil anos, divididos por décadas – até então, os dados existentes eram referentes a apenas 400 anos –, para concluir que o processo de esfriamento gradual que começou há milhares de anos deveria ter continuado.

“Os resultados são particularmente importantes porque o Ártico, talvez mais do que qualquer outra região da Terra, encara impactos dramáticos promovidos pelas mudanças climáticas. Esse estudo fornece registros de um período extenso que revela como os gases estufa gerados pelas atividades humanas estão influindo no sistema climático natural do Ártico”, disse David Schneider, do NCAR, um dos autores do estudo.

A análise das temperaturas no verão na região indicou uma queda média de 0,2ºC a cada mil anos. O mais recente patamar de menores temperaturas ocorreu durante a “pequena era do gelo” que teve início no século 16.

A alteração no ciclo orbital da Terra ocorrida nos últimos 7 mil anos levou ao processo de esfriamento, mas essa tendência foi anulada pelo aquecimento derivado das atividades humanas no século 20.

Como consequência, as temperaturas no verão no Ártico, no ano 2000, estiveram em média 1,4ºC mais elevadas do que seria de se esperar apenas pela tendência de esfriamento.
“Esse estudo apresenta um claro exemplo de como o aumento na emissão dos gases estufa está alterando o nosso clima, ao anular pelo menos 2 mil anos de esfriamento”, disse Caspar Ammann, do NCAR, outro autor do trabalho. (fapesp)

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