sábado, 18 de abril de 2009

Abençoada por Deus


Por meus vínculos com o Ipojuca - o município que está fazendo o leão do norte voltar a rugir, os posts neste blog terão maiores destaques. Assunto é o que não falta! Abordarei uma questão recente que foi motivo de um manifesto por parte de moradores e veranistas da praia de Maracaípe, no último final de semana. A construção da rodovia Marcílio Fragoso (Lei estadual), que liga Porto de Galinhas à Maracaípe. O projeto que fez parte do Prodetur I desde 2001, foi relocado para os recursos do Prodetur II e depois de Licitado, ganhou forma e vida. Lembro à época das primeiras discussões dos grandes projetos para Porto de Galinhas, a predominância pelas questões de infra-estrutura urbana. Afinal de contas, não dava pra pensar em destino turístico de caráter nacional e internacional sem infra-estrutura. Pavimentação, drenagem, esgotamento sanitário, limpeza urbana de qualidade, circulação viária, ordenamento urbano,somados a receptividade nativa resolveriam a equação. Nessas reuniões, das quais fui ator e expectador, as questões pertinentes ao meio ambiente não tinham tanto destaque.
Voltando à rodovia, depara-se justamente com o X da questão: construir rodovia significa aterrar manguezal? e isso não é discurso a favor dos pequeninos caranguejos,que devem ter sidos soterrados pelas carradas de barro, mas uma análise atual do que já existe na praia.
Em 2000 para a ascensão do destino muro alto, a contrapartida governamental seria o acesso e a eletrificação. A estrada foi projetada e executada e está lá até hoje em plena operação.
Lembro que em frente ao Summerville e Nannai existia uma área de manguezal que foi motivo de pressão para ser aterrada e não foi, com a estrada hoje sendo sinuosa por conta da preservação.
A estrada que dá acesso a Muro Alto possui maior demanda de trafégo do que a de acesso à Maracaípe. Estrada de pista simples com pequeno acostamento mas atendendo plenamente ao tráfego.
Em Maracaípe o projeto de cárater técnico elogiável mas sem espaço físico para ser executado na atual faixa de domínio existente, foi pra cima do manguezal e não para o lado do terreno do governo estadual ( gestor do projeto ). "entre o choque da onda do mar e o rochedo, sofre o marisco".
Então, fica a pergunta? qual a verdadeira razão de aterrar manguezal, quando outras soluções poderiam ser executadas atendendo as expectativas e satisfazendo a todos.
Só não vale a desculpa de compensação ambiental até porque maracaípe não é um beco sem saída e sim um provável destino turístico de qualidade.

* aos moradores e frequentadores de Maracaípe: atentem para o final do projeto. Não prevê qualquer alternativa de circulação ao Pontal.

** a foto deste post foi extraída do site http://www.ipojucanos.com/

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