
Historiadores do século XVII presumiam que esses círculos sagrados teriam sido templos dos antigos druidas celtas. Em 1965, o professor de Astronomia Gerald Hawkins, de Boston, EUA, defendeu em seu livro Stonehenge Decoded ("Stonehenge Decifrado") a ideia de que se trataria de um "instrumento de cálculo da Idade da Pedra", com o qual era possível prever eclipses lunares. Ou será que Stonehenge, o "lugar das pedras suspensas", seria um cemitério?
Há pouco tempo, o arqueólogo britânico Mike Parker Pearson conseguiu provar que partes de esqueletos, encontrados nas proximidades das pedras, datavam de 3000 a.C. aproximadamente. No outono de 2008, o cientista propôs que as primeiras pedras já poderiam ter estado ali, como uma "catedral da Pré-História". Uma nova estimativa que, além de sensacional, contradiz a teoria druida. Ao que tudo indica, os sacerdotes celtas só vieram a habitar aquela região mais de mil anos depois - se é que existiram.
Mais de quatro décadas haviam se passado, sem que nenhum cientista voltasse a escavar no interior do círculo de pedras. Então, na primavera de 2008, os arqueólogos britânicos Timothy Darvill e Geoffrey Wainwright se propuseram a solucionar o mistério. Eles se depararam com novas particularidades: as chamadas "pedras azuis", encontradas no interior do monumento. Diversas histórias circulam sobre a força de cura dessas rochas basálticas, que adquirem seu tomazulado na umidade.
Esses pesquisadores chegaram à conclusão que Stonehenge deve ter sido um local de peregrinação - uma espécie "pré-histórica de Lourdes" - por causa dos esqueletos encontrados nas proximidades.
A análise dos ossos revelou à dupla de cientistas muitos ferimentos e doenças, como fraturas ou inflamações.
Além disso, eles conseguiram demonstrar, por meio de exames do esmalte dentário, que algumas das pessoas que morreram ali devem ter peregrinado para a Inglaterra, vindas de grandes distâncias - inclusive da região dos Alpes. Indícios que pressupõem , ainda, a teoria de que Stonehenge tenha sido um dos mais antigos sanatórios já encontrados. (geo)
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