quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Há males que vem para bem. A natureza agradece

Em 1989 o Muro de Berlim caiu; em 1991 a Iugoslávia começou a ruir. No centro do conflito civil que retalhou o país em sete novas nações estava a Bósnia. Ali, naquele caldeirão onde vivem muçulmanos, croatas e sérvios foram travadas algumas das batalhas mais sanguinolentas que o mundo testemunhou desde que a Alemanha se rendeu aos aliados em 1945. Durante cerca de quatro anos, o exército bosniano se bateu contra forças sérvias e croatas, até lograr a paz e a independência completa do país.

Quem visita a Bósnia hoje, contudo, não se sente inseguro. A estradas são razoáveis, a sinalização é boa e o povo é amistoso. A arquitetura milenar é pontificada por mesquitas e minaretes, mas trata-se de um islamismo “light”, onde raramente se vêm mulheres com a cabeça coberta por lenços ou panos. Pelo contrário, durante o verão, as margens dos límpidos rios bosnianos ficam cheias de moças vestidas com escassos biquinis que descortinam corpos esculturais marcados por tatuagens que provocariam a ira do mais moderado aiatolá iraniano.

A guerra, é certo, deixou suas marcas. A ponte de Mostar, considerada pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade, foi derrubada a tiros de canhão e, para continuar a atrair turistas, teve que ser reconstruída pelos mesmos métodos usados na Idade Média. Residências e prédios comerciais de Mostar e Bihac ainda exibem as cicatrizes em forma de inúmeros buracos provocados pela troca de canhonaços e, no interior, sobretudo na fronteira com a Croácia, fazendas abandonadas, campos sem cultivo e casas em ruínas constituem um triste legado das batalhas... Continue lendo aqui, interessante relato sobre a Bósnia.

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