quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Raios que matam

Se você é homem, trabalhador rural e residente em Tocantins, quando houver chuva com raios, corra, pois a probabilidade de uma descarga elétrica te atingir é maior do que a média brasileira. Isso é o que aponta um levantamento do número de mortes por raios da década, divulgado no final da tarde de ontem (8) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o Instituto, a média anual de 2000 a 2009 superou a expectativa dos pesquisadores: foram 132 ocorrências, quando o número esperado não passava de 100.

Os estados que apresentam maior probabilidade de mortes por descargas atmosféricas foram o Tocantins (46 em 1 milhão) e Mato Grosso do Sul (43 em 1 milhão). O estado de São Paulo teve o maior número da década, 240 (17% do total), mas o número é reflexo da maior quantidade de pessoas que vivem lá. O sudeste foi a região onde mais pessoas morreram (29%), mas a região com maior probabilidade de morte foi o centro-oeste (22 em 1 milhão).

As mortes ocorreram com maior freqüência durante a primavera e o verão, período do ano em que ocorrem cerca de 80% dos raios do Brasil. Um fato curioso: os cinco dias que tiveram mais mortes foram de 16 a 20 de fevereiro, com 47 mortes no total. O recorde de mortes em um único dia ocorreu em 5 de março de 2003, quando foram registrados 5 óbitos. No total, entre 2000 e 2009 morreram 1321 pessoas atingidas por raios, 19% delas eram trabalhadores rurais que recolhiam animais ou trabalhavam em plantações com enxadas, pás e facões. A segunda circunstância mais comum foi estar próximo de meios de transporte (14% dos casos) ou mesmo dentro de casa (também 14%). Pessoas que morreram quando estavam embaixo de árvores somam 12% e em campos de futebol 10%. ( o eco).

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