
Manuel Bandeira, apreciando Cinco elegias (1943), foi lapidar a respeito do autor: “Porque ele tem o fôlego dos românticos, a espiritualidade dos simbolistas, a perícia dos parnasianos (sem refugar, como estes, as sutilezas barrocas), e finalmente, homem bem do seu tempo, a liberdade, a licença, o esplêndido cinismo dos modernos.” Já na “Advertência” que abre sua Antologia poética (1954), Vinicius propunha a existência de duas fases na sua poesia: uma primeira, “transcendental, frequentemente mística, resultante de sua fase cristã”; e uma seguinte, “de aproximação do mundo material, com a difícil mas consistente repulsa ao idealismo dos primeiros anos”. De uma forma ou de outra, essas duas considerações ainda hoje conformam boa parte dos juízos da crítica a respeito dos desenvolvimentos de sua obra... continue lendo
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