 O cantor e compositor Otto ganhou uma reportagem no jornal americano The New York Times nesta quinta-feira (20). Escrito pelo polêmico jornalista americano Larry Rohter (ex-correspondente no Brasil, que o governo tentou expulsar depois que ele escreveu a reportagem intitulada "Hábito de beber de Lula se torna preocupação nacional"), o texto se rende ao talento do músico brasileiro que se apresenta nesta sexta-feira no Lincoln Center's Out of Doors, um tradicional festival promovido por uma das mais importantes casas de show de Nova York.
O cantor e compositor Otto ganhou uma reportagem no jornal americano The New York Times nesta quinta-feira (20). Escrito pelo polêmico jornalista americano Larry Rohter (ex-correspondente no Brasil, que o governo tentou expulsar depois que ele escreveu a reportagem intitulada "Hábito de beber de Lula se torna preocupação nacional"), o texto se rende ao talento do músico brasileiro que se apresenta nesta sexta-feira no Lincoln Center's Out of Doors, um tradicional festival promovido por uma das mais importantes casas de show de Nova York.O jornalista diz que, no mundo da música, Otto "ocupa um lugar tão incomum e pouco provável quanto seu o nome", capaz de combinar as texturas da música eletrônica com os ritmos tradicionais africanos. 
Em seu texto, Rohter relembra o começo de carreira de Otto e afirma que o sertão de Pernambuco, onde o músico nasceu, ajuda a entender o que o brasileiro produz hoje. Para ele, as bandas de rua e os registros do samba e da música caipira brasileira contribuíram para a formação multifacetada de Otto.
Rohter também destaca a importância do movimento manguebit na carreira do brasileiro. O gênero popularizado por Chico Science e a banda Nação Zumbi na década de 90 fundia ritmos como o maracatu, frevo e ciranda com a batida eletrônica. O jornalista destaca que é a percussão de Otto que se pode ouvir nas gravações das bandas Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. 
Rohter ainda cita o primeiro disco solo de Otto, Samba Pra Burro, lançado em 1998. O álbum foi eleito um dos melhores do ano no Brasil e ganhou destaque no cenário e nas pistas de danças internacionais sendo, inclusive, elogiado por bandas como o Oasis. 
Para Rohter, nem a demora de Otto em lançar um novo trabalho – o último foi Sem Gravidade, em 2003 – faz a música do cantor se perder. "Ele nunca está ocioso", diz citando a temporada que o brasileiro está passando em Nova York, onde mantém contato com músicos do mundo todo. 
Aliás, o novo trabalho do pernambucano está preste a sair no Estados Unidos. Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos deve ser lançado no dia 1º de setembro nos Estados Unidos e só depois deve chegar ao Brasil. 
O CD, segundo Rohter, começa e termina com uma sequência orquestrada e traz a participação da cantora mexicana Julieta Venegas em duas faixas. 
O próprio Otto classifica seu novo trabalho como o mais maduro de sua carreira. "Eu estou com 41 anos e esse meu trabalho traz uma melancolia que espelha a minha visão do estado do mundo", disse ao NYT. "Mas a minha música continua receptiva a todas as coisas. Se há uma lição que eu aprendi, é que na música você é obrigado a ser aberto." (época)
 
 
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