segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O perfil da nossa urbanidade

Há pouco mais de um mês, o Brasil foi indicado como um dos países que mais entendem de urbanização de favelas no mundo. Foi durante o Simpósio Internacional de Pesquisas Urbanas, realizado em Marseille, no litoral sul francês. Acontece que deter conhecimento não faz do país uma sumidade no tema. Especialmente quando se leva em consideração a qualidade sanitária e ambiental da maioria dos moradores destes conglomerados urbanos. Isso para não mencionar as pressões sobre as áreas verdes. Em julho, o Programa de Pesquisa Habitare, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), lançou versão online de mais um manual com procedimentos para gerir urbanizações, na tentativa de ajudar o governo. A versão impressa do trabalho está prevista para sair em setembro.

Com taxa de urbanização de 78,4%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ainda não encontrou meios de alocar de modo digno e respeitoso com o meio ambiente todos os habitantes citadinos. A região metropolitana de São Paulo, por exemplo, formada por 39 municípios, não pára de se expandir. Quem vive por aqui nota claramente isso. São 19,6 milhões de habitantes, crescimento anual de 1,33% e uma taxa de urbanização de 94,9%, segundo dados da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), órgão do governo do estado. Situação preocupante para uma região que luta para manter em pé os poucos fragmentos de Mata Atlântica que a rodeiam, uma vez que as favelas tomam, com cada vez mais rapidez, o entorno das cidades... continue lendo,
* a foto acima é da favela Paraisópolis, em São Paulo, após processo de urbanização

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