domingo, 23 de agosto de 2009

O salário mínimo na América do Sul

Enquanto a Argentina tem o maior poder aquisitivo da América do Sul, baseado em seu salário mínimo (US$ 676), a Bolívia fecha a lista com apenas US$ 212, segundo estudo que avaliou as remunerações básicas de dez países latino-americanos. A pesquisa do site http://www.tusalario.org/ assinala que, em nível regional, a Argentina é seguida pelo Paraguai, onde a renda mínima atinge US$ 592. No final do ranking não houve mudanças em relação ao ano passado. Bolívia, Uruguai e Brasil continuam nos últimos três lugares: seus salários mínimos reais são entre duas e três vezes inferiores ao argentino.

“Porém, deve-se esclarecer que uma grande parte da população ocupada do Paraguai trabalha no setor informal, e recebe um pagamento inferior ao mínimo estabelecido. A lista é completada pela Colômbia com um salário mínimo de US$ 452“, disse Víctor Beker, diretor regional do Projeto TuSalario.org na América Latina.

“Para avaliar a capacidade de compra do salário leva-se em conta os valores dos produtos em cada localidade porque, por exemplo, uma promoção de fast food no Chile custa por volta de US$ 3,2, enquanto na Argentina apenas US$ 3, portanto, um trabalhador com o mesmo salário pode comprar mais promoções na Argentina que no Chile”, afirma Beker.

Esse resultado foi obtido após converter os salários para dólares e compará-los aos preços de um cesto de bens e serviços vigentes em um país, por exemplo, no Chile, com os valores do mesmo cesto nos Estados Unidos. Por essa razão, utiliza-se o conceito de PPA (paridade de poder aquisitivo), que reflete a taxa de câmbio corrigida, e é estimada pelo FMI.

O salário mínimo venezuelano mostrou um comportamento particular em relação a outros países da região. Não só foi o que mais caiu em termos de PPA no último ano, mas é o único piso salarial sul-americano que ficou em um nível inferior ao de agosto de 2007.

Atualmente em 165.000 pesos, a renda legal mais baixa chilena, em termos de PPA tem o mesmo poder de compra que os US$ 446 dos Estados Unidos, ou seja, 1,93% menos que o que apresentava há um ano, embora 3,05% superior ao nível de agosto de 2007. “Isso responderia a que, se houve um ajuste no valor em moeda local do salário mínimo, não é suficiente para compensar a alta de preços”, diz Beker.

A respeito da projeção dessa renda em termos de PPA, o FMI projeta que, no final de 2010, a taxa de câmbio corrigida ficará em 356,51 pesos/dólar PPA. “Isso implicaria que o salário mínimo chileno incrementaria seu poder de compra independentemente de se os empresários, trabalhadores e representantes do governo acordam um aumento de seu valor nominal”, disse Beker. (américaeconomia)

Por País
1. Argentina - US$ 676
2. Paraguai - US$ 592
3. Colombia - US$ 452
4. Chile - US$ 446
5. Equador - US$ 417
6. Venezuela- US$ 377
7. Peru - US$ 356
8. Brasil - US$ 310
9. Uruguai - US$ 283
10. Bolívia - US$ 212

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