sábado, 10 de outubro de 2009

Alemã SBP projeta coberturas de quatro estádios brasileiros para a Copa do Mundo de 2014

O engenheiro Knut Göppert, diretor executivo da Schlaich Bergermann und Partner, apresentou na quinta-feira (8), os sistemas de coberturas que serão empregados nos estádios do Mineirão (MG), Morumbi (SP), Mané Garrincha (DF) e Vivaldão (AM) para a Copa do Mundo de 2014. A empresa alemã já desenvolveu o projeto de cobertura de 15 arenas de mundiais dos últimos dez anos e também da África do Sul, país que receberá os jogos em 2010.

Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), São Paulo

A cobertura será inspirada em uma roda de bicicleta, feita em estrutura metálica e revestida com policarbonato ou vidro. O grande desafio do escritório, no entanto, foi a falta de espaço no entorno da arena para instalar as colunas de sustentação da cobertura. "Não pudemos colocar muitas colunas porque o local não tem espaço. No Morumbi, serão apenas 16 colunas, sendo que para sustentar uma cobertura são necessárias, no mínimo, oito colunas", explicou o engenheiro. Parte da sustentação será feita por colunas internas.

Mané Garrincha, Brasília

Ao contrário do Morumbi, a cobertura do estádio Mané Garrincha será sustentada por 229 colunas, que formarão a fachada da arena de Brasília. A estrutura adotada na arena também será feita em formato de roda, mas os perfis metálicos não ficarão à mostra e serão revestidos por duas membranas, uma interna para impermeabilizar e outra para esconder a parte estrutural do sistema. "A cobertura é muito similar à do estádio Soccer City, em Johanesburgo, na África", disse o engenheiro.

Entre as quatro coberturas projetadas pelo escritório alemão, a do estádio de Brasília será a única com teto retrátil, que se abrirá ou fechará em apenas dez minutos. Knut Göppert ainda afirmou que o estádio poderá adotar painéis de geração de energia solar.

Estádio Vivaldo Lima (Vivaldão), Manaus

A nova arena do Vivaldão, no Amazonas, segue o modelo do estádio de Minas Gerais, e será projetada com estrutura de aço e revestida com uma membrana para simular "as escamas de répteis", concepção adotada pelos arquitetos para lembrar a fauna amazônica.

Este projeto, porém, será o único em que o escritório alemão ainda desenvolverá as arquibancadas e a fachada do estádio, que seguirá o mesmo desenho da cobertura.

Governador Magalhães Pinto (Mineirão), Belo Horizonte

Na opinião do engenheiro Knut Göppert, o projeto para a cobertura do Mineirão, em Belo Horizonte, foi o mais complexo entre os quatro realizados no Brasil até agora. Isso porque, além de ser tombada pelo patrimônio histórico, a arena já possui uma pequena cobertura nas arquibancadas feita em concreto.

A saída encontrada pela empresa alemã para o estádio foi continuar a cobertura a partir do ponto já existente, mas com o emprego de estrutura metálica ao invés do concreto. "Nesse caso, para completar, vamos revestir a nova cobertura com policarbonato", conta Göppert. (piniweb)

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...