Um exemplar de espécie desconhecida, com quase dois metros e que vive a mil metros de profundidade, foi capturado durante pescaria para testes com anzol circular. Equipe comandada pelo oceanógrafo Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Projeto amar, se deparou com o animal em setembro, quando navegava ao largo da Praia do Forte, na Bahia. O anzol circular é proposto pelos técnicos do projeto em substituição ao em forma de jota, o mais usado nas pescarias, para diminuir a incidência de captura de tartarugas marinhas.
Segundo especialistas, trata-se de um peixe chamado cabeça-de-geleia, da família dos ateleopodídios. A família tem quatro gêneros (Ateleopus, Parateleopus, Guntherus e Ijimaia) e 12 espécies conhecidas no Caribe, Atlântico e Pacifico. A informação é do professor da Universidade Federal da Bahia Claudio Sampaio e os ictiólogos Alfredo Carvalho Filho, pesquisador da Fish-Bizz Ltda, e Matheus Rotundo, da Universidade Santa Cecília.
Essa é a décima terceira espécie nova descrita pelo programa de divulgação do uso de anzóis circulares. Patrocinado pela Petrobras, o Tamar contabiliza a descoberta, nos últimos três anos, de dez espécies de peixes raras ou desconhecidas do Atlântico Sul. Os resultados serão apresentados em trabalhos científicos com publicação prevista para breve. Informações e vídeo: Projeto Tamar.
Peixe desconhecido, capturado em 1.000 metros de profundidade from Projeto Tamar on Vimeo.
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