terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Philippe Starck lança turbina eólica residencial e promete mudar o mercado

Utilizar as habilidades e ferramentas disponíveis ao seu redor para tornar o mundo mais sustentável. Foi isso que o designer Philippe Starck decidiu fazer. Apos ganhar notoriedade em todo o mundo por desenhar produtos que ele mesmo julgava “desnecessários”, ele começou a unir design funcional e sustentabilidade. Sua última criação foi apresentada no dia 27/01 e exibiu uma turbina eólica residencial que será comercializada em breve a preços acessíveis.
Durante a apresentação do Revolutionair, Starck afirmou que essa se trata de uma revolução no uso doméstico de energias alternativas. Com formato retangular e potência para gerar até 1.600 kWh por ano, o produto poderá ser instalado em jardins, quintais e telhados e abastecer casas e pequenas empresas com eletricidade limpa.

“Nós precisamos ajudar as pessoas a gerar sua própria energia, a fazer parte da luta”, defendeu o designer. “Energia não deveria ser uma punição, nós precisamos criar um desejo nas pessoas de querer produzir essa energia limpa”, diz.

Revolutionair

O designer anunciou que serão fabricados dois modelos das turbinas. Um, com duas pás, será capaz de produzir 400W, e o outro, com três, terá uma produção média de 1kW.

Starck, que dedicou dois anos de trabalho na criação da turbina caseira, investiu em um formato diferente do tradicional, garantindo o custo-benefício entre geração de energia e tamanho adequado para residências e pequenos espaços.

Os geradores serão produzidos pela fabricante italiana Pramac e deverão custar entre €2.500 e €3.500. A empresa ainda não informou quando elas estarão disponíveis no mercado, mas garante que o lançamento será feito em breve.

Mudança de comportamento

Em 2007, Starck chegou a afirmar em uma entrevista que “o design estava morto”. Ele completava o pensamento dizendo que todo o trabalho de sua vida foi desnecessário e inútil. Meses depois ele ressurgiu no mercado informando que estava “de volta ao jogo” e que agora produziria apenas peças que colaborassem para a sustentabilidade do mundo.

Desde então, o renomado designer francês tem produzido e espalhado a proposto do ecodesign pelos quatro cantos do mundo.

Em uma uma palestra, Starck chegou a definir a própria profissão em três vertentes. A primeira seria a do Design Cínico, criticada por Starck como defasada e “ridícula” e capaz de defender que o design é apenas uma ferramenta de marketing para vender mais produtos. A segunda seria a do Design Narcisista – “um designer fantástico que cria apenas para outros designers fantásticos”, sugeriu.

“Depois, estão as pessoas como eu, que tentam merecer existir e que se envergonham de ter esse trabalho inútil, mas que tentam fazê-lo de outra forma, não fazer o objeto pelo objeto, mas pelo resultado, para o benefício do ser humano, da pessoa que o usará”, defendeu Starck. (do eco4planet)

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