Cientistas fazem previsões sobre o futuro tecnológico dos leitores
eletrônicos e os nichos de mercado que eles deverão ocupar.
[Imagem: Univ.Cincinnati]
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Pesquisadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, divulgaram
uma "revisão crítica" dos últimos desenvolvimentos tecnológicos no campo dos
leitores eletrônicos.
Esta nova categoria de gadgets, ainda sem uma personalidade totalmente
definida, inclui sucessos de venda como o Kindle, assim como uma procissão de
"similares e assemelhados".
Outros, os chamados tablets, como o iPad, afirmam ser também leitores
eletrônicos. Mas, o que cada um faz de melhor, e o que todos farão no futuro,
ainda é uma questão em aberto.
Os leitores eletrônicos são os primeiros filhos da chamada eletrônica orgânica, constituída
por circuitos eletrônicos impressos sobre plásticos e que promete, entre outros
avanços, equipamentos totalmente flexíveis, como telas de enrolar.
Futuro tecnológico
Mais do que uma revisão técnica, contudo, o artigo contém previsões sobre o
futuro tecnológico desses dispositivos e os nichos de mercado que eles deverão
ocupar.
O principal autor das previsões é ninguém menos do que Jason Heikenfeld, um
cientista na área de microfluídica e autor de alguns dos mais significativos
avanços recentes na área das telas e monitores baseadas na eletrônica orgânica:
- Tecnologia microfluídica revoluciona telas e monitores
- Livros eletrônicos atingem qualidade de papel impresso
- Surge nova geração de telas digitais baseada em elementos de terras raras
A seguir, os pesquisadores listam os avanços mais importantes que os
consumidores podem esperar no campo dos dispositivos de leitura eletrônica e
papéis eletrônicos em um horizonte que vai do final de 2011 até daqui a 20
anos.
As etiquetas eletrônicas permitirão a realização de promoções por
horário. [Imagem: Univ.Cincinnati]
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Já em uso, mas com melhoramentos iminentes
Etiquetas eletrônicas nas prateleiras dos supermercados,
eventualmente superando uma promessa ainda não cumprida pelas chamadas etiquetas inteligentes, ou RFID.
O que os pesquisadores chamam de etiqueta eletrônica não é um substituto
avançado dos códigos de barras, mas pequenas telas atualizáveis à distância, que
praticamente só consomem energia quando estão sendo atualizadas.
Atualmente, é preciso que funcionários rotulem os produtos nas prateleiras,
seja para atualizar seus preços, seja para identificar novos produtos.
Imagine a economia de custos se todas essas etiquetas pudessem ser
atualizadas em poucos segundos, de forma centralizada.
Isso permitirá também a realização de promoções por horário, focando públicos
diferentes que vão às compras em momentos diferentes do dia ou da noite.
Leitores eletrônicos com telas coloridas não deverão demorar.
[Imagem: Univ.Cincinnati]
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No mercado dentro de um ano
Leitores eletrônicos, como o Kindle, com telas
coloridas.
Mas, segundo Heikenfeld, será uma cor apagada quando comparada com o que os
consumidores estão acostumados, por exemplo, em um iPad.
Embora o próprio iPad seja vendido como um leitor de livros eletrônicos,
especialistas afirmam que o brilho excessivo é cansativo - por isso a Amazon
escolheu uma tecnologia que permite melhor contraste e praticamente sem
brilho.
Mas os pesquisadores vão continuar a trabalhar rumo à próxima geração de
cores mais vivas também para os leitores eletrônicos, assim como no aumento de
sua velocidade, eventualmente até alcançar a navegação na web e vídeos em
dispositivos como o Kindle.
Na verdade, o objetivo de longo prazo dos pesquisadores da área parece ser
fornecer telas para um iPad, mas consumindo uma fração da energia usada pela
tela atual.
Os avanços vão chegar também aos brinquedos.
Fazendo a alegria das crianças há décadas, um brinquedo permite que se
desenhe em uma tela inúmeras vezes - para apagar o desenho, basta girar um
botão.
A eletrônica orgânica vai permitir o uso de uma tela de resolução muito mais
elevada, garantindo desenhos com qualidade de nível profissional, que serão
totalmente apagados eletronicamente.
A mesma tecnologia permitirá que vitrines transparentes tornem-se cartazes
para veiculação de anúncios em lojas.
Chegando dentro de dois anos
Leitores eletrônicos com baixo consumo de energia e capazes
de mostrar vídeos em cores.
"As cores desta primeira geração de baixa potência e alta funcionalidade não
serão tão brilhantes quanto as que você obtém hoje no LCD, mas que consomem
energia demais," alerta Heikenfeld.
Ele estima um brilho equivalente a um terço do que se obtém hoje no iPad, mas
consumindo uma fração da energia.
Os aparelhos poderão mudar de cor automaticamente, assumindo a cor
da sua roupa ou do móvel sobre o qual forem colocados. [Imagem:
Univ.Cincinnati]
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Chegando no prazo de três a cinco anos
Aparelhos eletrônicos cujos invólucros plásticos - o próprio
corpo do aparelho - poderão mudar de cor ou mostrar diferentes padrões.
Em outras palavras, você será capaz de mudar a cor do seu celular, alterando
entre um cinza discreto para o horário de trabalho e algo mais chamativo,
dependendo das suas atividades sociais.
Os aparelhos poderão até mesmo mudar de cor automaticamente, assumindo a cor
da sua roupa ou do móvel sobre o qual forem colocados.
Outdoors brilhantes, visíveis de dia e à noite, e com
resolução muito superior aos atuais de LEDs, já presentes principalmente em
estádios e eventos culturais.
"Nós já temos a tecnologia que permitirá que estes outdoors digitais operem
simplesmente refletindo a luz do ambiente, como se fossem cartazes impressos
convencionais. Isso significa baixo consumo de energia e boa visibilidade mesmo
sob luz solar intensa," garante o pesquisador.
Telas de dobrar e de enrolar. A primeira geração deverá ser
em preto e branco, mas telas de enrolar coloridas virão logo em seguida.
Na verdade, protótipos ainda sem funcionalidade total já estão no mercado,
lançados pela Polymer Vision, da Holanda - veja Telas flexíveis e enroláveis chegam ao mercado.
Dentro de 10 a 20 anos
Leitores eletrônicos coloridos com a mesma qualidade das
revistas impressas, visíveis sob luz solar intensa, mas com baixo consumo de
energia. "Pense neles como iPads ou Kindles 'verdes'," disse Heikenfeld.
Folhas eletrônicas para substituir as folhas de papel.
Serão dispositivos virtualmente indestrutíveis, ultrafinos e enroláveis como
uma folha de papel comum.
Deverão ser totalmente coloridos e interativos, e recarregarão continuamente
pela luz do ambiente ou pela luz solar direta.
Usarão apenas conexões sem fios - sem aberturas externas, resistirão a chuvas
e trovoadas, podendo até mesmo ser lavados ( do inovação tecnológica ).
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