quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Enciclopédia online de biologia alcança as 170 mil espécies

Após ter um incremento de 140 mil artigos em apenas um ano, a Enciclopédia da Vida (EOL, eol.org) já pensa em catalogar todas as espécies conhecidas do mundo na próxima década e anuncia um novo investimento de US$12,5 milhões.

Inaugurada em 2007 a Enciclopédia da Vida é um site que de certa forma concorre com a Wikipédia, mas é totalmente voltada para a catalogação de espécies de seres vivos em um único lugar. A centralização visa evitar duplicidades e inconsistências e facilitará o trabalho de pesquisadores, cientistas e qualquer interessado em biologia.

Para funcionar a EOL declarou em sua abertura que precisaria de US$100 milhões para completar o projeto, e recebeu um investimento inicial de US$12,5 milhões. Segundo o site Guardian com a comemoração dos 170 mil artigos a EOL anuncia também a chegada de outros US$12,5 milhões, vindo de seus dois patrocinadores privados.

Mais de 1200 pessoas comuns, não pesquisadoras, e 250 especialistas de 200 países contribuíram com a enciclopédia interativa. Um grupo no Flickr (flickr.com/groups/encyclopedia_of_life) foi criado para que as pessoas possam enviar suas fotos de animais, plantas e outras espécies, que são depois enviadas à sua página correta.

Diferente da Wikipédia, cada uma das 170 mil páginas têm seu texto, imagens e vídeos averiguados por um especialista na área, para que nenhuma informação errada sobre uma espécie seja mantida.

De acordo com o site Pocket Lint a EOL espera alcançar o número de 1.8 milhões de artigos, abrangendo todas as espécies já catalogadas até hoje no mundo. Para incentivar as contribuições e tornar o site mais atraente a EOL disponibiliza 30 mil imagens e vídeos, integração com o Flickr, um perfil no Twitter, um widget para computadores e um aplicativo para iPhone.

O objetivo da EOL é permitir que qualquer pessoa possa utilizar sua base de dados, desde crianças a pesquisadores, como um ‘guia de campo’. O site também permitirá que voluntários ajudem na identificação de fotografias ou documentos de observação de animais avistados em áreas onde nunca haviam sido encontrados antes.

Segundo o site redOrbit a EOL já está sendo de grande valia e figura como base para vários estudos. Na América Latina, por exemplo, um morcego está sendo estudado com a ajuda da EOL para que o mistério de sua vida prolongada seja resolvido.

Na Europa cientistas usam a enciclopédia para tentar combater uma peste de traças que está fazendo com que castanheiras mudem sua coloração antecipadamente. “Está funcionando realmente bem, a comunidade de cientistas trabalhando em longevidade adotou a EOL. Estamos ganhando velocidade” declarou James Edwards, diretor executivo da enciclopédia, ao site Irish Times.

O desafio é grande, uma vez que os cientistas acreditam existir 100 milhões de espécies no planeta. Entre as ainda não descobertas ou documentadas, 20 mil novas espécies são catalogadas a cada ano. Para o futuro, a EOL espera expandir sua base de dados para abranger também fósseis de animais e produzir versões regionais com foco em locais específicos como Austrália, Países Baixos e China. (igtecnologia)

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